BM&F vai manter pregão viva-voz após fusão com Bovespa
A BM&F vai manter o pregão nos formatos viva-voz e eletrônico após a fusão com a Bovespa Holding, na criação da Nova Bolsa, anunciada na noite de ontem. A Bovespa opera somente por meio eletrônico desde setembro de 2005, quando o pregão viva-voz foi encerrado.
Em entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira, Edemir Pinto, diretor geral da BM&F, afirmou que o baixo custo de manutenção do viva-voz justifica a permanência do sistema e que o mercado deverá definir a concentração do uso entre os dois recursos.
"O custo de manutenção do viva-voz é irrisório e a depreciação dos investimentos já foi feita. Atualmente, a proporção de gastos é de 70% do eletrônico e 30% do viva-voz. A receita que se obtêm com o viva voz é mais do que suficiente para sua manutenção", disse Pinto.
Segundo ele, a partir de 1º de julho, todos os ativos negociados na BM&F estarão no meio eletrônico, sem eliminar o viva-voz. Na Nova Bolsa, portanto, o modelo será hibrido com o viva-voz, eletrônico e via internet.
"A BM&F já decidiu, no ano passado, começar a oferecer um produto simultaneamente no viva-voz e no eletrônico, no sistema 'side by side'. Entre o final deste mês e o início de abril, os contratos do Ibovespa Futuro passarão a ser listados nos meios eletrônico e viva-voz, e o mercado de câmbio, a partir do final de junho", informou Pinto.
Quanto à perspectiva de redução dos custos operacionais em 25% até 2010 com a sinergia provocada pela fusão da Bovespa e da BM&F, Gilberto Mifano, diretor geral da Bovespa, afirmou que deverá ser repassada aos clientes da Nova Bolsa.
"A sinergia se refletirá na eficiência e alavancagem da nova companhia. Haverá grandes vantagens para os usuários da nova estrutura, emissores e investidores, não só em eventual redução de custos da operação que pagam para a gente, mas com a facilidade de se comunicarem com os dois mercados e uma mesma tela", disse Mifano.
Segundo ele, a sinergia vai permitir que o mercado integrado cresça mais do que individualmente. "Com a integração, vamos potencializar para os investidores os dois mercados", avaliou. O processo de integração total das operações da Bovespa Holding e da BM&F estará previsto para ocorrer em em até dois anos.
Nova Bolsa
A Nova Bolsa vai integrar os negócios nos mercados de ações e de derivativos de ações da Bovespa Holding com os da BM&F nos mercados de futuros financeiros e de commodities, câmbio à vista e de títulos. Segundo informaram as duas empresas nesta quarta-feira, a nova companhia será a terceira maior do mundo --atrás somente da Bolsa de Frankfurt (Alemanha) e da Chicago Mercantile (EUA)-- e a segunda maior Bolsa das Américas.
"É a maior da América Latina nos mercados de ações e derivativos, com participação de aproximadamente 80% do volume médio diário negociado com ações e com negócios diários no mercado futuro no valor de US$ 67 bilhões", informaram as duas empresas.
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