O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, informou no início da noite desta quinta (24), que está em racionamento de combustível e que continuam sendo autorizados pousos apenas de aeronaves que possam decolar sem abastecer no terminal.
A operação do aeroporto, porém, é normal até o momento. Segundo a Inframérica, responsável pelo local, há reservas de combustível que devem durar até a manhã de sexta (25).
Em nota, foi informado que apenas um caminhão com 60 mil litros de combustível de aviação chegou ao terminal. Diariamente, diz a concessionária, o aeroporto recebe 20 caminhões.
Durante a greve dos caminhoneiros, iniciada na segunda (21), apenas dez veículos chegaram ao local, sob escolta policial.
A Inframérica informa que os passageiros de voos programados para saírem do aeroporto devem consultar as empresas aéreas para questões sobre cancelamentos e atrasos.
No Twitter do terminal, informava-se que até as 17h de quinta haviam sido registrados apenas dez atrasos e um cancelamento.
Brasília é o terceiro terminal mais movimentado do Brasil e, por sua posição central, é o maior ponto de conexões do país.
Pela manhã, o movimento no aeroporto de Brasília estava tranquilo. Funcionários das empresas aéreas respondiam a dúvidas de passageiros sobre se a greve de caminhoneiros estava afetando decolagens e aterrissagens, mas tudo ocorria com normalidade.
OUTROS AEROPORTOS
Os aeroportos de Brasília, Goiânia, Ilhéus, Recife e Teresina estão com restrição de combustível devido à greve dos caminhoneiros, segundo informações da companhia aérea Latam, que decidiu flexibilizar as regras de remarcação de passagem e isentar multas para troca de bilhetes em aeroportos afetados.
A Infraero não especifica quais são os aeroportos de sua rede que podem estar sofrendo risco de desabastecimento e em qual prazo.
MAIS REFLEXOS DA GREVE
No quarto dia de greve, caminhoneiros fazem bloqueios em rodovias federais em 22 estados e no Distrito Federal. O motivo do protesto é o custo do diesel. O petróleo subiu de preço e a Petrobras repassa as flutuações nas cotações internacionais às refinarias.
Nesta quarta-feira (23), Pedro Parente, presidente da Petrobras, disse que reduziria o preço do diesel em 10% por 15 dias.
Além dos aeroportos, as consequências dos atos refletem em outras áreas e serviços pelo país. O Rio de Janeiro pode sofrer com falta de água; há relatos de falta de combustível em postos em SP, RJ, MT e DF; e, sem ração, animais devem ser submetidos ao abate sanitário.
Em Santa Catarina, hospitais privados e filantrópicos estão cancelando cirurgias eletivas e já enfrentam problemas de abastecimento de materiais. Como os caminhões não estão circulando, as unidades não estão recebendo com regularidade remédios, alimentos e materiais.
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