Governo não vai interferir em política de preço da Petrobras, diz ministério

Ministério de Minas e Energia diz que governo vai apresentar nova política ao consumidor

Temer discursa e gesticula em púlpito, ao fundo, pedro parente, sentado, assiste o presidente
Presidente Michel Temer discursa em cerimônia em Brasília; ao fundo, Pedro Parente, que pediu demissão da presidência da Petrobras nesta sexta (1º) - Sergio Lima - 31.jan.2018/AFP
Brasília

Após a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, disse nesta sexta-feira (1º) que o governo segue comprometido em não mudar a política de preços praticada pela estatal.

Parente defendia a manutenção da formação de preços da companhia, hoje com reajustes diários baseados em fatores externos como a flutuação do dólar e do preço do barril de petróleo.

No meio político, a crise dos combustíveis intensificou as pressões para que a política da companhia seja alterada.

“É importante a gente reafirmar o compromisso do governo, do Ministério de Minas e Energia, de não interferir na política de preços da Petrobras”, afirmou o secretário.

Em entrevista após reunião no ministério com representantes de distribuidoras e postos de combustíveis, Félix lamentou a saída de Parente e ressaltou que o caberá ao conselho de administração da estatal escolher um nome que respeite as exigências da Lei das Estatais.

De acordo com Félix, o governo está preparando e vai apresentar “o mais rápido possível” uma política que gere estabilidade de preços nos postos, sem afetar a Petrobras.

“A gente espera, bem antes do final do ano, apresentar uma nova política para o consumidor, não para a Petrobras ou para qualquer fornecedor”, disse.

O secretário disse que o modelo ainda não está definido, mas poderia ser, por exemplo, o estabelecimento da flutuação de um tributo. Dessa forma, se o preço do combustível subisse, o tributo seria reduzido automaticamente, permitindo uma estabilidade no preço final.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.