Conselho da Renault se reúne para tratar de prisão de Carlos Ghosn

Estado francês, acionista da companhia, pede nomeação de direção interina

Paris | AFP

O conselho de administração da Renault, empresa que teve seu presidente Carlos Ghosn detido no Japão por suspeita de ocultação de rendimentos, reúne-se nesta terça-feira (20), "na última hora da tarde" - anunciou à AFP um porta-voz do fabricante francês de automóveis.

Já o Estado francês, que tem 15% das ações, pediu que seja nomeada uma direção interina, alegando que Ghosn não está em condições de dirigir a companhia, declarou o ministro francês da Economia,

Bruno Le Maire, nesta terça.

"Não vamos pedir a saída formal de Carlos Ghosn do conselho de administração por uma razão simples: não temos provas", afirmou o ministro.

"

O executivo Carlos Ghosn, preso nesta segunda-feira no Japão - Michel Euler - 6.out.2016/AP

Quando soube da notícia" de sua detenção, "pedi ao ministro da Ação Pública, Gérald Darmanin, que comprovasse a situação fiscal de Carlos Ghosn na França".

O governo francês não identificou nenhuma fraude fiscal no país. 

Le Maire disse que se reunirá esta manhã, em Paris, com os administradores do Estado no grupo, assim como com o administrador de referência Philippe Lagayette "para lhes pedir uma direção interina".

Também informou que chamará as autoridades japonesas para "lembrá-las do apego da França à aliança entre a Renault e a Nissan".

O conselho administrativo da Nissan vota nesta quinta a destituição do presidente Carlos Ghosn. A Mitsubishi Motors anunciou uma decisão similar.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.