As ações da Braskem despencaram na Bolsa brasileira nesta terça-feira (4) após a holandesa LyondellBasell desistir de comprar a fatia da petroquímica que pertence a Odebrecht. Os papéis preferenciais (mais negociados) cederam 17,11%, a R$ 34,15. Os ordinários (com direito a voto) recuaram 11,46%, a R$ 34,47. Ambos os patamares são os mais baixos desde 2015.
As ações chegaram a cair cerca de 20% na abertura da Bolsa, com a mínima de R$ 32,88 para as preferenciais e de R$ 33,15 para as ordinárias.
Na Bolsa de Nova York (NYSE), as ações da companhia caíram 17,15%, a US$ 17,63 (R$ 68,01).
Nesta terça, LyondellBasell e Odebrecht anunciaram que encerraram as negociações que envolviam 50,1% do capital votante da petroquímica brasileira. A holandesa desistiu do negócio por avaliar que a Braskem pode ficar mais barata no futuro.
Em relatório, a Guide Investimentos relembra outros reveses recentes da companhia, como a deslistagem temporária na NYSE e ação do Ministério Público de Alagoas sobre exploração mineral da empresa associada ao cedimento do solo na região.
"Somado a isso, há o risco de recuperação judicial da controladora [Odebrecht], que contava com os recursos da venda da Braskem para fôlego financeiro de curto prazo. Contudo, independente dos desdobramentos das negociações envolvendo o controle, os ativos da Braskem seguem bem descontados, dado o forte desempenho operacional recente e expectativas positivas da indústria. As ações da Braskem são negociadas com múltiplos abaixo da média de seus pares. [..] não se justifica esse desconto, já considerando o prêmio de risco Brasil, considerando que a Braskem mantem uma boa diversificação regional da geração em seus resultados", afirma o relatório.
O Ibovespa, maior índice acionário no Brasil, teve alta de 0,37%, a 97.380 pontos. O mercado externo também fechou em alta, com índices da Bolsa de Nova York com ganhos acima de 2%.
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