A Caixa Econômica traçou duas linhas de ações para lidar com os impactos econômicos do coronavírus no Brasil. Em uma frente, a instituição se organizou para atender pequenas e médias empresas que venham a sofrer com falta de capital giro. Em outra, já concluiu análises para eventualmente adquirir carteiras de bancos menores em segmentos que a Caixa atua.
“Não vemos um impacto econômico que exija uma medida emergencial, mas nos preparamos para uma eventual crise, sempre considerando o que venho repetindo: que somos um banco matemático, que operamos dentro de nossos limites”, diz Pedro Guimarães, presidente da Caixa.
Segundo ele, é fato que houve uma ruptura no fluxo de fornecimento de insumos e produtos da China que eventualmente pode afetar alguns setores . “Estamos organizados para prover liquidez numa eventual crise, e nosso foco são pequenas e médias empresas”, diz.
Ele destaca que é preciso ter em mente que a crise econômica gerada pelo coronavírus é totalmente diferente da crise financeira que ocorreu em 2008. Enquanto lá atrás houve uma ruptura na estrutura de crédito em vários países, comprometendo a saúde de grandes brancos, atualmente o risco é de falta de capital para tocar o negócio no curto prazo devido uma interrupção passageira das operações.
A Caixa já se organizou também, afirma, para agir no socorro a bancos de médio porte se for preciso. “Deixando bem claro: hoje não vejo nenhum risco que possa afetar instituições menores, mas já temos limites internos aprovados e estamos aptos a comprar carteiras nos segmentos que conhecemos e atuamos, como consignado, varejo e automóvel”, diz Guimarães.
A Caixa ainda está avaliando que procedimentos adotar nas agências. Inicialmente, ficou decidido utilizar o espaço para oferecer informações aos clientes sobre ações básicas, como o uso de álcool gel para evitar o contágio.
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