Descrição de chapéu Facebook instagram

No Facebook, Zuckerberg rebate acusações e diz que empresa não prioriza lucro

Fundador da rede social também falou sobre falha nos serviços da companhia nesta segunda (4)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, publicou na noite desta terça-feira (5) um longo texto em seu perfil na rede social, no qual comenta a queda dos serviços do grupo. Ele também se defende de acusações sobre como a companhia teria lidado com informações de que suas redes prejudicam a imagem que adolescentes têm de si próprios.

Segundo o executivo, a mensagem foi enviada para os funcionários da companhia. Nela, afirmou que as acusações de que a empresa prioriza o lucro sobre a segurança e o bem-estar dos seus usuários não são verdadeiras.

Também disse que a maioria dos colaboradores não deve perceber como a imagem da empresa tem sido retratada de forma equivocada.

Sobre a queda nos serviços, ocorrida nesta segunda-feira (4), ele disse que foi a pior falha em anos e que a empresa passou as últimas 24 horas avaliando como fortalecer seus sistemas contra esse tipo de problema.

Homem de terno olhando para frente
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, antes de falar no Congresso dos Estados Unidos, em Washington, DC - Mandel Ngan-3.jun.2019/AFP

“A preocupação mais profunda com uma interrupção como essa não é quantas pessoas mudam para serviços da concorrência ou quanto dinheiro perdemos, mas o que isso significa para as pessoas que dependem dos nossos serviços para se comunicar com seus entes queridos, administrar seus negócios ou apoiar suas comunidades”, disse.

Zuckerberg disse que é difícil para os funcionários ver a cobertura que a imprensa faz sobre o grupo, pois não refletiria a empresa que eles conhecem. O executivo se referia às denúncias de que o Facebook sabia que seu conteúdo prejudicava adolescentes, fazendo-os sentirem-se piores sobre si mesmos, e que não teria agido para resolver o problema.

Frances Haugen, ex-funcionária da empresa, deu uma entrevista na segunda ao programa "60 Minutes", do canal americano CBS News, onde revelou que forneceu documentos da empresa a jornalistas.

Ela, que foi por dois anos gerente de produtos no Facebook, trabalhando na equipe de desinformação cívica, denunciou que a rede sabia os danos que causava e que colocava seus próprios interesses em primeiro lugar. "Eu vi muitas redes sociais, e no Facebook era substancialmente pior do que eu tinha visto antes", disse Haugen. "O Facebook mostrou repetidas vezes que prefere o lucro à segurança".

A maior parte do pronunciamento de Zuckerberg fez referência a esse caso. Ele listou medidas que, na sua opinião, provam que não é verdade que a empresa não se preocupa com os usuários, especialmente as crianças e adolescentes. Entre elas, estaria o fato da empresa se preocupar em fazer pesquisas sobre a percepção que esse grupo tem das redes, e ter ferramentas pelas quais os pais podem controlar o conteúdo que os filhos acessam.

Afirmou ainda que a pesquisa do grupo na verdade mostra que muitos jovens sentem que o Instagram os ajuda a lidar melhor com problemas típicos da idade.

“Tenho orgulho de tudo o que fazemos para continuar construindo os melhores produtos sociais do mundo e sou grato a todos vocês pelo trabalho que realizam aqui todos os dias”, afirmou.

O Facebook também enviou um pronunciamento sobre o depoimento de Haugen ao Senado dos Estados Unidos, que ocorreu na terça.

"Hoje, o Subcomitê de Comércio do Senado dos Estados Unidos realizou uma audiência com uma ex-funcionária do Facebook que trabalhou na empresa por menos de dois anos, nunca liderou uma equipe e nunca participou de uma reunião decisória com a alta liderança. Ela disse mais de seis vezes que não trabalhou nos assuntos pelos quais foi questionada. Não concordamos com a maneira como ela caracterizou muitos dos temas sobre os quais testemunhou. Apesar de tudo isso, concordamos em uma coisa: é hora de começar a criar um padrão de regras para a internet. Já faz 25 anos desde que as regras de internet nos EUA foram atualizadas, e ao invés de esperar que a indústria tome decisões que cabem aos legisladores e que afetam toda a sociedade, é hora de o Congresso norte-americano agir", afirmou Lena Pietsch, diretora de comunicações de políticas públicas do Facebook.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.