Volta ao trabalho nos EUA enfrenta resistência, Caixa recua de cobrança de Pix para PJ e o que importa no mercado

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São Paulo

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Doação, cobrança, protestos: a volta ao presencial nos EUA

As grandes empresas dos EUA quebram a cabeça para tentar convencer os trabalhadores a voltarem ao trabalho presencial, pelo menos por alguns dias, como mostra o New York Times.

A Salesforce, gigante de software para empresas, disse que iria doar US$ 10 para uma instituição de caridade local a cada dia que um funcionário aparecesse no trabalho no período de 12 a 23 de junho, segundo a revista Fortune.

Outras empresas têm adotado uma estratégia que pode atingir diretamente o bolso dos funcionários.

É o caso do Google, que avisou aos trabalhadores que seus registros de frequência nos escritórios serão considerados nas avaliações internas de desempenho. Grandes bancos de Wall Street também monitoram a presença.

A Meta disse aos funcionários que espera vê-los três dias por semana a partir de setembro, a Disney falou em quatro dias, a Amazon enfrentou protestos de funcionários quando sugeriu três, e Elon Musk, de Tesla e Twitter, odeia trabalho remoto.

Sede da Salesforce em São Francisco (EUA); empresa vai doar a caridades por cada dia que trabalhador for a escritório - Stephen Lam/Getty Images via AFP


E aqui? Grandes empregadoras no Brasil seguem disponibilizando o modelo híbrido de trabalho como opção a trabalhadores.

  • O levantamento foi feito pela plataforma de recursos humanos Infojobs.

Eve acerta mais encomendas de 'carro voador'

A Eve, companhia controlada pela Embraer, divulgou ter fechado cartas de intenção com três empresas para a encomenda somada de até 150 eVTOLs (aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical, conhecidas como "carros voadores").

Os pedidos:

  • 70 unidades para a brasileira Voar, que planeja levar a operação para regiões metropolitanas de algumas capitais e destinos turísticos brasileiros.
  • Até 50 aeronaves para a norueguesa Widerøe, por meio da iniciativa Widerøe Zero. O acordo também envolve um pacote de soluções de serviço e operação da Eve.
  • 15 unidades para a dinamarquesa Nordic Aviation Capital, que também terá a opção de adquirir mais 15 para alugar para operadores de frota.

Entenda: os eVTOLs são considerados como uma alternativa mais barata, silenciosa e menos poluente que os helicópteros.

A Eve é uma das empresas mais avançadas nesse mercado e prevê que suas entregas devem começar em 2026. A empresa divulgou em maio ter 2.770 encomendas –as da brasileira Voar já estão nessa conta.

Os primeiros voos deverão custar entre US$ 50 e US$ 100 (R$ 480) por passageiro, durar no máximo 15 minutos e ter quatro tripulantes além do piloto. No futuro, as viagens podem acontecer sem um humano no comando.

A empresa divulgou as encomendas durante o Paris Air Show, evento em que fabricantes fizeram demonstrações dos veículos (veja aqui).

Sim, mas… A coluna de negócios e finanças do Financial Times, reproduzida aqui pela Folha, fala sobre dois obstáculos importantes para os eVTOLs: aprovação de reguladores e locais para pouso.


Caixa suspende cobrança de Pix para PJ

Após ordem do Palácio do Planalto, a Caixa suspendeu sua decisão de começar a cobrar uma tarifa pelas transferências via Pix feitas por pessoas jurídicas.

O banco público havia informado que iniciaria a cobrança em 19 de julho para cliente que seja pessoa jurídica privada, mas deixando de fora MEI (microempreendedor individual) e pessoa jurídica pública.

Entenda: a possibilidade de cobrança de Pix para PJs está numa resolução de 2020 do Banco Central. O meio de pagamentos é o mais popular do Brasil.

A Caixa disse que a decisão pela tarifa veio no ano passado e só foi anunciada agora porque estava à espera de um acerto tecnológico.

O que o banco estatal planejava cobrar:

  • Transferências de PJ a pessoa física, chave Pix e iniciador de pagamento.
  • Envio de PJ para PJ por meio de inserção manual de dados e chave Pix.
  • O valor mínimo seria de R$ 1, e o máximo, de R$ 8,50.

Quem cobra: a tarifa já é praticada por grandes bancos, como o Itaú, o Bradesco e o Banco do Brasil.

  • Bancos digitais como o Neon e o C6 Bank afirmam que não fazem essa cobrança sobre PJ.
  • Veja aqui quais instituições cobram e como são as tarifas.

O governo prorrogou por 15 dias o prazo para que apenas pessoas físicas possam adquirir carros leves com os descontos entre R$ 2.000 e R$ 8.000 bancados pela União.

Entenda: a renovação estava prevista pela medida provisória que deu origem ao programa e não envolve nenhum aumento do valor.

  • As empresas poderiam ter acesso aos descontos a partir desta terça (21), mas com a prorrogação, elas terão que esperar um pouco mais.

No caso de caminhões e ônibus, os benefícios que antes eram restritos a transportadores autônomos, microempreendedores e empresas de pequeno porte agora também podem ser acessados por outras empresas.

"Provavelmente, não": questionado se o programa poderá ser prorrogado como um todo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse que o estímulo deve acabar assim que o valor reservado pelo governo para o desconto for atingido.

Em números: no fim de semana, o volume de recursos solicitados pelas montadoras para automóveis chegou a R$ 320 milhões. Com isso, já foram consumidos 64% do total de R$ 500 milhões reservados para a modalidade.

  • O governo também separou R$ 700 milhões para caminhões (14% já foi usado) e R$ 300 milhões para vans e ônibus (43% já foi gasto).
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