Descrição de chapéu bashar al assad

Forças pró-Assad controlam cidade de Duma, dizem militares russos

Países ocidentais estudam ação militar contra a Síria após suposto ataque químico na cidade

Picape com rebeldes deixa a cidade de Duma, em Ghouta Oriental, nesta quinta-feira (12)
Picape com rebeldes deixa a cidade de Duma, em Ghouta Oriental, nesta quinta-feira (12) - Youssef Karwashan/AFP
Beirute | Associated Press e Reuters

Os militares russos anunciaram nesta quinta-feira (12) que as forças do governo sírio agora controlam  Duma, último bastião dos rebeldes na periferia de Damasco e cidade onde teria acontecido o suposto ataque com arma química no último sábado (7), em que ao menos 40 pessoas teriam morrido.

Se confirmada, a conquista de Duma seria uma importante vitória militar para o ditador sírio Bashar al-Assad, enquanto os Estados Unidos e países aliados estudam ataques à Síria em retaliação contra o suposto ataque com gás tóxico. 

Nesta quarta (11), o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que mísseis iriam chegar à Síria; nesta quinta, o republicano voltou atrás, dizendo que a intervenção militar pode demorar.

Em resposta às ameaças dos Estados Unidos, Assad disse nesta quinta que uma potencial retaliação pelo suposto ataque químico seria baseada em "mentiras" e que atrapalharia o progresso de suas forças perto de Damasco.

O líder sírio disse ainda que os países ocidentais estavam estrilando pois perderam sua "aposta" nas forças de oposição em Ghouta Oriental e que uma ação militar só serviria para desestabilizar a região.

Ghouta Oriental foi o maior baluarte opositor próximo de Damasco, mas grupos insurgentes locais se renderam após uma série de ataques governamentais ferozes auxiliados pelos russos na esteira de um bombardeio maciço.

A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, disse que a Alemanha não participaria de uma possível ação militar na Síria, mas que apoiava enviar uma mensagem de que o uso de armas químicas é inaceitável.

NEGOCIAÇÃO

Após um acordo entre rebeldes e forças pró-Assad para que possa ser feita a retirada de civis de Ghouta Oriental, só a polícia entraria e Duma, e não soldados sírios. 

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, organização com sede no Reino Unido, ainda há rebeldes em Duma nesta quinta. Mas os líderes do Jaish al-Islam, principal grupo rebelde da região, teriam deixado o local, assim como mais de 13.500 rebeldes e suas famílias.

As Nações Unidas afirmaram que, com o fim dos embates em Ghouta Oriental, esperam conseguir entregar ajuda humanitária a 100 mil sírios que precisam dela.

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