Descrição de chapéu Itália

Partidos alcançam acordo para evitar novas eleições na Itália

Indicação de jurista desconhecido para cargo de premiê é mantida

Luigi Di Maio, líder do Movimento 5 Estrelas, chega ao Parlamento em Roma - Massimo Percossi/Ansa/Associated Press
Roma | AFP e Reuters

Os líderes do Movimento 5 Estrelas,  Luigi di Maio, e da Liga, Matteo Salvini, anunciaram nesta quinta-feira (31) que concluíram uma nova tentativa de acordo para a formação de um governo de união na Itália que evitaria uma convocação de eleições na Itália

"Todas as condições estão reunidas para um governo político M5E/Liga", anunciaram Di Maio e Salvini em um comunicado após longas negociações.

"Compromisso, coerência, escuta, trabalho, paciência, bom senso, cabeça e coração para o bem dos italianos. Talvez finalmente chegamos lá, depois de tantos obstáculos, ataques, ameaças e mentiras", acrescentou Salvini no Facebook.

Os partidos mantiveram, no entanto, a indicação do novato Giuseppe Conte para o cargo de premiê. 

Após o anúncio, o presidente Sergio Mattarella convocou Carlo Cottarelli, a quem ele havia instruído na segunda-feira de formar um governo de especialistas para conduzir os assuntos correntes do país até novas eleições.

Com toda a probabilidade, Cottarelli deve entregar seu cargo ao presidente, que deverá entregá-lo a Conte, um jurista iniciante na política.

Este último havia desistido no domingo (27) após o veto do presidente à nomeação de Paolo Savona, economista antieuro, ao Ministério das Finanças.

Segundo a imprensa italiana, Di Maio e Salvini concordaram com outro ministro das Finanças, mas deixariam Savona a cargo das Relações Europeias.

Já a pasta das Finanças deve ir para o professor de economia Giovanni Tria, segundo fontes do partido. 

Professor da Universidade Tor Vergata, de Roma, Tria é crítico da União Europeia, mas, ao contrário de Savona, não prega a adoção de um "plano B" para preparar uma eventual saída do país do bloco.

Os planos preveem ainda que Salvini se torne ministro do Interior, enquanto Di Maio assumiria um ministério recém-criado e que aglomerou as pastas de indústria e trabalho. 

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