O presidente argentino, Alberto Fernández, 61, fará isolamento de 14 dias na residência oficial de Olivos.
Durante o período, fará reuniões e despachará de modo virtual. A medida foi adotada a pedido de seu médico porque funcionários do governo entraram em contato com infectados pelo novo coronavírus.
Um deles é o prefeito de Lomas de Zamora, Martín Insaurralde, que teve o diagnóstico confirmado e apresenta sintomas, mas não foi hospitalizado.
Insaurralde esteve em contato com alguns ministros que se encontram com frequência com Fernández, como Daniel Arroyo, de Desenvolvimento Social.
Também há cautela em relação ao fato de o chefe de governo da cidade de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, ter almoçado com a ex-governadora da província de Buenos Aires, Maria Eugenia Vidal —ambos são membros do PRO, partido do ex-presidente Mauricio Macri.
Vidal anunciou nesta quarta-feira (17) que está com o coronavírus, e Larreta tem se reunido constantemente com Fernández para definir a estratégia de combate à pandemia.
O comunicado divulgado pelo médico do presidente, Federico Saavedra, diz que, "considerando a atual situação relacionada à pandemia da Covid-19, e observando a progressão do número de casos positivos na região metropolitana de Buenos Aires, é minha responsabilidade recomendar ao presidente Alberto Fernández que continue desempenhando suas tarefas em sua residência".
"É preciso aumentar as medidas de proteção à sua saúde."
Nas últimas semanas, além das reuniões com ministros, Fernández realizou algumas viagens internas, o que acendeu o alarme da unidade médica presidencial.
A próxima agenda, já cancelada, ocorreria no dia 20, em Santa Fé, na tradicional festa do Dia da Bandeira.
Fernández diz que está se "cuidando muito", mas até hoje não fez um teste para saber se tem o coronavírus. Em caso de impedimento do exercício de suas funções, a vice-presidente é a ex-mandatária Cristina Kirchner.
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