Ataques a tiros no Tennessee, Pensilvânia e Michigan deixam ao menos 9 mortos e 28 feridos

Múltiplos atiradores participaram das ações, que engrossam a crescente lista de mortes por armas de fogo no país

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Washington | AFP

ois ataques a tiros nos Estados Unidos neste fim de semana engrossaram as cifras de vítimas da crescente violência armada no país. Ao menos três pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas na noite de sábado (4) na cidade da Filadélfia, na Pensilvânia.

O episódio ocorreu nos arredores da South Street, área movimentada e repleta de restaurantes e bares, quando um confronto entre dois homens se transformou em um tiroteio. O inspetor DF Pace afirmou a jornalistas que os policiais patrulhavam a área quando observaram indivíduos atirando no meio da multidão. Pelo menos 14 pessoas foram levadas a um hospital próximo, mas três já chegaram mortas.

Pedestres caminham perto de janela perfurada por balas em uma loja de South Street, na Filadélfia, após um ataque a tiros no local - Kriston Jae Bethel - 5.jun.22/AFP

Um agente de segurança disparou contra um dos atiradores, disse Pace, mas não foi possível identificar se o homem, que depois conseguiu fugir, ficou ferido. De acordo com a imprensa local, ninguém foi detido. Ainda segundo o inspetor, duas armas e inúmeras cápsulas foram encontradas.

Já na madrugada de domingo (5), outras três pessoas morreram e cerca de 14 sofreram ferimentos após um ataque semelhante perto de um bar em Chattanooga, no estado do Tennessee. Uma das vítimas morreu após ser atropelada por um carro quando tentava fugir.

O ataque, assim como o da Filadélfia, foi realizado por mais de um atirador, mas a chefe de polícia Celeste Murphy afirmou acreditar que o incidente foi isolado e que não há uma ameaça latente à segurança pública. Alguns dos feridos estão em estado crítico.

O prefeito da Filadélfia, o democrata Jim Kenney, pediu que haja um maior controle do acesso a armas e chamou os ataques de uma epidemia. "Continuarei lutando para proteger nossas comunidades e peço aos outros que defendam leis mais fortes, que mantenham as armas fora das mãos de indivíduos violentos", disse em comunicado.

Em outro episódio na madrugada de domingo, três pessoas foram mortas e duas ficaram feridas em Saginaw, Michigan, informou a rede de TV WEYI, citando um comunicado da polícia. Ao contrário dos outros dois casos, todas as cinco pessoas atingidas estavam envolvidas no incidente, disse a polícia. Nenhum suspeito foi relatado sob custódia até a noite de domingo em nenhum dos tiroteios.

Os novos tiroteios vêm em meio a uma série de episódios do tipo nos EUA nas últimas semanas. A organização Gun Violence Archive relatou quase 240 tiroteios em massa desde o início deste ano. O número de mortes causadas por armas de fogo, entre homicídios e suicídios, passou de 18,5 mil, mostram dados divulgados neste domingo (5).

Na última quinta-feira (2), dois ataques foram relatados. O primeiro ocorreu no estacionamento de uma igreja em Ames, em Iowa, durante uma missa. Ao menos duas mulheres morreram, e o atirador se matou na sequência. O segundo, por sua vez, ocorreu em Racine, no estado de Wisconsin, durante um velório —duas pessoas morreram.

Antes, na quarta (1º), um atirador matou quatro pessoas em Tulsa, também no Oklahoma. Segundo a polícia informou no dia seguinte, o homem mirava na ação um médico que havia operado suas costas.

Oito dias antes, um massacre em uma escola do Texas terminou com 19 crianças e 2 professoras mortas. O autor, um homem de 18 anos, portava um rifle AR-15 e, antes de ser responsável pelo pior massacre em uma instituição de ensino infantil no país em uma década, também disparou contra a avó.

O caso na cidade de Uvalde ocorreu dias depois de outro episódio, em Buffalo, no estado de Nova York, no qual morreram dez pessoas num supermercado. O autor teve motivações racistas e deve ser indiciado por terrorismo doméstico. Após o ataque no Texas, o presidente Joe Biden fez um discurso emocionado no qual criticou o lobby pró-armas no país e defendeu o controle no acesso a armamentos.

Todos os episódios elevaram a pressão para que o Congresso americano e o presidente Biden proponham e debatam projetos que limitem o acesso a armas ou, ao menos, imponham a exigência de que o comprador apresente antecedentes, como histórico policial.

Com The New York Times

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