Autoridades do México detiveram neste domingo (24) mais de 200 imigrantes, em sua maioria guatemaltecos, em um armazém no centro do país. Eles aguardavam para serem levados de forma ilegal para os Estados Unidos, de acordo com o governo local.

O Instituto Nacional de Migração do México (INM) comunicou que 225 pessoas foram encontradas no armazém localizado no município de Jilotepec. Segundo a agência, 194 são da Guatemala. Havia também 14 hondurenhos, nove nicaraguenses, cinco cubanos e três salvadorenhos.

Já o governo do estado do México, que circunda a maior parte da Cidade do México, informou que 248 imigrantes foram encontrados no armazém. Um porta-voz do INM não soube explicar a discrepância entre os números, de acordo com a agência de notícias Reuters.

O presidente americano, Joe Biden, vem sofrendo pressão a poucos meses das eleições legislativas de meio de mandato, em novembro, devido ao aumento do número de imigrantes, incluindo brasileiros, que tentam entrar ilegalmente nos Estados Unidos.

Durante o último ano fiscal, encerrado em setembro passado, 1,7 milhão de imigrantes foram detidos, uma cifra recorde. De lá até maio deste ano, mais de 1,5 milhão de detenções foram relatadas, de acordo com o Serviço de Alfândegas e Proteção das Fronteiras (CBP, na sigla em inglês).

Entre as razões apontadas para a alta estão os impactos de crises econômicas que afetam muitos países na América Latina e a percepção de que Biden seria mais tolerante com a imigração do que o ex-presidente Donald Trump.

Em uma das maiores tragédias envolvendo imigrantes nos EUA, ao menos 51 pessoas que entraram de maneira irregular no país foram encontradas mortas no mês passado dentro e ao redor de um caminhão abandonado na cidade de San Antonio, no estado do Texas.

Também em junho, a Suprema Corte anulou decisão que determinava a manutenção da controversa política de imigração conhecida como Permaneça no México. Adotada durante o governo Trump, a política forçou dezenas de milhares de imigrantes a ficar no país vizinho enquanto aguardavam as audiências sobre seus pedidos de asilo, o que, segundo críticos, os expunha a riscos de sequestro e outros crimes.