Aliados da Ucrânia reafirmaram seu apoio ao país ora invadido pela Rússia nesta sexta (24), quando se completa um ano do início do maior conflito em território europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
Muitas das manifestações de respaldo começaram na véspera, como as luzes azuis e amarelas —cores da bandeira ucraniana— lançadas sobre a torre Eiffel, em Paris, e os prédios da União Europeia, em Bruxelas.
Quando o dia chegou, foi a vez de políticos se pronunciarem. Alguns anunciaram auxílios pragmáticos, como mais sanções contra a Rússia, caso dos EUA e do Reino Unido, e ajuda militar, como a Polônia.
Os americanos ainda divulgaram o envio de mais US$ 250 milhões para a reconstrução da infraestrutura energética ucraniana, reduzida à metade após ataques de mísseis contínuos pelas tropas russas.
Em Kiev, o presidente Volodimir Zelenski fez um discurso emocionado a membros do governo e das Forças Armadas na praça Santa Sofia. Ele participa nesta sexta de um encontro virtual com o líder americano, Joe Biden, e outros líderes do G7, grupo que reúne algumas das maiores economias mundiais.
Veja a repercussão
Um ano atrás, neste mesmo lugar, fiz uma breve declaração a vocês. Durou apenas 67 segundos. Mas ela abarcava duas mensagens importantes, então e agora: a Rússia começou uma guerra em grande escala contra nós e somos fortes. Estamos prontos para qualquer coisa. Derrotaremos todos. Porque somos a Ucrânia! Foi assim que 24 de fevereiro começou. O dia mais longo de nossas vidas. O dia mais difícil da nossa história recente. Acordamos cedo e não dormimos desde então
Ucranianos demonstraram uma coragem e uma resiliência notáveis diante desta tragédia humana [...] É um alento que o Reino Unido, juntamente com seus aliados, esteja fazendo todo o possível para ajudar neste momento tão difícil. Só posso esperar que a efusão de solidariedade em todo o mundo possa trazer não só auxílios pragmáticos, mas também força a partir do conhecimento de que, juntos, resistiremos
É urgente que um grupo de países não envolvidos no conflito assuma a responsabilidade de encaminhar uma negociação para restabelecer a paz
Faz um ano que nossos soldados restauram a ordem, a paz e a justiça em nossas terras, protegem nosso povo e destroem as raízes do neonazismo. Eles são heróis [...] A vitória será alcançada. Todos queremos que isso aconteça o mais rapidamente possível. Por isso é tão importante atingir todos os objetivos da operação militar especial: alargar as fronteiras de modo a afastar as ameaças ao nosso país para o mais longe possível, mesmo que estas sejam as fronteiras da Polônia.
Qualquer ‘plano de paz’ que se baseie apenas em um cessar-fogo e, consequentemente, em um redesenho das fronteiras ucranianas e uma continuidade da ocupação militar não ambiciona a paz, e sim uma estabilização da guerra, a derrota da Ucrânia, estágios avançados de genocídio russo. A posição da Ucrânia é conhecida —o recuo das tropas russas de volta às fronteiras estabelecidas em 1991
Um ano depois do início de sua guerra brutal, Putin não conseguiu alcançar nenhum de seus objetivos estratégicos [...] Em vez de apagar a Ucrânia do mapa, ele enfrenta uma nação com mais vigor do que nunca
O que nos impressiona muito é a determinação e a coragem dos ucranianos, como eles defendem sua liberdade. A Alemanha os apoia neste processo —tão fortemente e por tanto tempo quanto necessário
Haverá vida depois desta guerra, porque a Ucrânia ganhará. Ninguém vai desistir deste anseio feroz pela liberdade, pela Europa, pela democracia que os ucranianos estão demonstrando.
A Ucrânia não está e não estará sozinha. O mundo livre deve isso aos homens e mulheres ucranianos
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