Descrição de chapéu

'O documento da CIA traz revelações estarrecedoras', afirma leitor

Segundo memorando, Ernesto Geisel aprovou a continuidade de uma política de execuções

O ex-presidente da República Ernesto Geisel
O ex-presidente da República Ernesto Geisel - Sérgio Lima/Folhapress

Execuções na ditadura

O documento da CIA, ora divulgado, traz revelações estarrecedoras sobre torturas e assassinatos de presos políticos durante a ditadura militar, caracterizando terrorismo de Estado. São crimes contra a humanidade, que não prescrevem e, se o Supremo Tribunal Federal não fizer Justiça, as cortes internacionais certamente farão. Com a palavra, o Ministério Público. 

Arsonval Mazzucco Muniz, advogado (São Paulo, SP)

 

Causa espécie a notícia de que os ex-presidentes Ernesto Geisel e João Batista Figueiredo tramaram ou autorizaram execuções de opositores do regime militar. Pergunto: a quem interessa trazer à tona um assunto já sepultado pela história? É imperiosa uma resposta imediata, à altura de tão graves acusações, por parte das Forças Armadas. Em respeito, sobretudo, àqueles que não estão aqui para se defender.

João Carlos Gonçalves Pereira, advogado, subtenente da reserva do Exército (Lins, SP)


Eleições

Hélio Schwartsman foi brilhante. Normalmente não leio seus textos, mas o desta sexta-feira está perfeito. Uma verdadeira aula de tolerância e democracia. Oxalá todos os candidatos o leiam, entendam e pratiquem o que ele escreve. Assim, teremos as eleições mais limpas da história. 

Wilson R . Oliveira (Curitiba, PR)

 

O equivalente à carta aos brasileiros de Lula seria o pré-candidato Ciro Gomes declarar apoio à atual proposta para a reforma da Previdência ou algo mais rigoroso. Vamos ver se ele evolui nesse sentido.

José Cláudio (Rio de Janeiro, RJ)


Suicídio assistido

Acho que mais países deveriam regulamentar essa questão (“Morrerá hoje, aos 104, David Goodall”). Para algumas pessoas, a vida chega ao fim antes da morte biológica. Por que não permitir que elas partam na sua hora com dignidade e respeito?

Gisele Rodrigues Rosa (Pedreira, SP)


Playboy 

Parabéns, Ruy Castro, por lembrar Carlos Grassetti. Ele foi o maior diretor de arte da Playboy, incluindo as das edições dos demais países onde era publicada.

Mário Rubial Monteiro (São Paulo, SP)


Cemig

As notas sobre a Cemig, no Painel do último dia 6, têm graves erros. Ignoram que se trata de uma empresa com sócios privados, papéis na Bolsa e finanças distintas das do governo. Seu teor atenta contra posições expressas pela Folha em editorial, pois, ao ligar a crise financeira estadual ao reajuste dos integrantes do conselho, sugere que esses mesmos recursos poderiam ser usados para atender aos municípios. Por fim, fica o registro: o custo do conselho caiu 26%, com redução de 15 para 11 cadeiras.

Etevaldo Lucas Queiroz, superintendente de comunicação empresarial da Cemig

Resposta da editora do Painel, Daniela Lima Não houve erro. As notas informaram que, em meio à crise financeira, a estatal aprovou, com o secretário de Fazenda à frente do conselho, aumento na remuneração do colegiado. A Cemig foi procurada e não quis se manifestar.


Escola sem Partido

O ótimo editorial “Equívoco sem partido” se esqueceu de mencionar que a suposta doutrinação ideológica esquerdista dos estudantes parece funcionar muito pouco, dado o enorme conservadorismo da população brasileira. Aparentemente, outras doutrinações ideológicas estariam funcionando bem melhor.

João Marcelo Pereira Alves (São Paulo, SP)


Educação

Tocante o texto de Claudia Costin sobre sua mãe, Lidia, que era autodidata, que tanto aprendeu e ensinou na vida e que “desaprendeu” por causa da doença de Alzheimer (“Uma menina húngara”, Opinião, 11/5). A colunista é especialista em educação e será com a educação que um dia encontraremos pessoas capazes de entender e curar essa doença. Ao fim e ao cabo, só a educação salva o homem.

Valmir Aparecido Moreira, advogado (Araras, SP)


Antissemitismo

Há distorção de sentido no título do texto “PSOL expressa antissemitismo, diz líder judeu”. O entrevistado, Fernando Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil, referiu-se a uma nota específica, que trata Israel como “Estado genocida”, mas a extrapolação sutil para a afirmação sobre o PSOL é leviana e até pode gerar ressentimentos infundados entre a comunidade judaica e a esquerda brasileira. 

Sérgio Storch, fundador da rede JUPROG (Judeus Brasileiros Progressistas)

 

Fernando Lottenberg teve bastante cuidado para separar o joio do trigo em todas as respostas. É uma pena que o título tenha tomado a parte pelo todo. Lottenberg disse que uma determinada nota expressava antissemitismo. Mas também indicou que dois dos nomes mais importantes do PSOL, Jean Wyllys e Guilherme Boulos, estão comprometidos com a luta contra o antissemitismo. O título, infelizmente, ignora isso e acaba servindo para fortalecer os setores mais radicais da comunidade judaica e do PSOL.

Guilherme Cohen, membro da comunidade judaica e do diretório municipal do PSOL-RJ

 
Resposta do editor de Poder, Fábio Zanini O posicionamento que Fernando Lottenberg critica consta de uma nota da Secretaria de Relações Internacionais do PSOL, ou seja, é um documento institucional do partido.


Habitação

Não é verdade que a prefeitura não obriga imóveis e terrenos vazios a cumprir a função social da propriedade (“A lógica das ocupações”, de Nabil Bonduki). A SMUL (Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento), entre 2014 e 2018, notificou 1.385 imóveis: 457 não edificados, 220 subutilizados e 708 não utilizados. Noventa e nove imóveis cumpriram as obrigações; 286 pagam IPTU progressivo até cinco anos após a notificação, no limite de até 15% de aumento, gerando R$ 30 milhões. 

Ana Maria de Abreu Laurenza, coordenadora de Comunicação da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento

Resposta do colunista Nabil Bonduki O site da SMUL mostra que dos 1.385 imóveis notificados 1.317 foram entre 2014 e 2016 e só 68 em 2017. A última notificação foi em 7/4/2017. Em 10/4/2018, o diretor do departamento responsável foi substituído pela gestão Doria.


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