Descrição de chapéu

'Congresso parece mais conservador do que a população em relação ao aborto', diz leitora

Senado da Argentina pode votar logo projeto que legaliza o procedimento de forma irrestrita

Condução coercitiva

Está cada vez mais evidente que, se os homens de bem não tiverem a mesma audácia dos que se apoderaram dos nossos bens, a sociedade brasileira não terá a mínima chance.

Jonas Lachini (Belo Horizonte, MG)

 

Parabéns, Supremo. A criminalização da classe política é a resposta da elite do funcionalismo público —Judiciário e Polícia Federal— à insolvência do Estado. É o Judiciário convencendo o povo de que o Estado quebrou por corrupção e não por excesso de direitos do funcionalismo.

José Coelho (Rio de Janeiro, RJ)


Protesto de caminhoneiros

O colunista Antonio Delfim Netto fez síntese relevante de toda a altercação sobre as possíveis causas da recente paralisação dos caminhoneiros, as quais passam por crédito do BNDES, retração do mercado global, valores de fretes etc. Temos visto a vocalização de economistas, professores e outros “especialistas” falando sobre tudo, mas esqueceram-se da matéria-prima da questão: trata-se de economia-política, da contingência dos eventos, ou seja, as vozes do mercado esqueceram a história.

Marcelo Pedro de Arruda, historiador (São Paulo, SP)

 

Em atividades rurais, trabalhadores recrutados passam a ser escravos pelas dívidas contraídas com as fazendas. Na pesca, o autônomo desprovido de recursos fica devedor de indústrias ou de intermediários por gastos na compra de combustíveis. Com o protesto dos caminhoneiros, aparentemente autônomos, parece-me que a maioria se torna escrava de empresários de transportes de carga por dívidas de combustíveis e manutenções dos veículos —portanto, são facilmente manipuláveis. Gostaria de estar errado.

 

Carlos Gonçalves de Faria (São Paulo, SP)


Aborto

O Congresso parece mais conservador do que a população brasileira no que se refere ao aborto (“Buenos Aires-Brasília”, de Bruno Boghossian). Fecha os olhos para as mulheres que morrem ou ficam mutiladas em clínicas clandestinas, crianças indesejadas e malcriadas e adolescentes que perdem a juventude numa maternidade ou paternidade inconsciente e inconsequente. Vale a pena viver uma vida que já começa errada? Não é esse começo que resultará em violência mais tarde?

Cristina Carvalho Barboza (Ilhabela, SP)

 

Depois da Irlanda, mais um país que pode aprovar o assassinato de seres indefesos. O útero, hoje em dia, é a medida da moral humana, no entanto de modo invertido. Se a criança está dentro dele, pode matá-la. Se nasce, transforma-se em uma pessoa com direito à vida. O próximo passo será a aprovação do infanticídio.

Ademar Faria (Curitiba, PR)


Pedro Parente 

Não tem nada de ético o fato de a comissão de ética da Presidência da República liberar Pedro Parente, ex-presidente da Petrobras, da exigência de quarentena, isso tem outro nome (“Pedro Parente vai comandar BRF por um ano”).

Márcia Meireles (São Paulo, SP)


Eleições

Curioso da ciência política, percebo no cenário pré-eleitoral um fenômeno estranho. Fala-se urbi et orbi em renovação na política trocando via eleições os mandatários. Em todas as análises parece haver um tabu sobre o qual ninguém fala —Parlamento, Executivo, Judiciário ou mídia— e que representa o lado mais obscuro das eleições desde a República Velha: a compra de votos de eleitores corrompidos por pequenos favores de candidatos. 

Clarilton Ribas, professor aposentado pela Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis, SC)


Copa do Mundo

O esporte é o congraçamento entre os povos. Nele, a disputa segue regras com punição ao transgressor e, o mais importante, embora só um seja o vencedor, prevalece o fair play entre vencidos e vencedores. Veja o exemplo: na partida entre Irã e Marrocos, de relações diplomáticas rompidas, alheios às adversidades entre seus países, os jogadores foram adversários nesta sexta-feira (15), não inimigos.

Humberto Schuwartz Soares (Vila Velha, ES)


Avaliação

Estou muito triste com o conteúdo deste jornal, do qual sou assinante há muitos anos. O desprazer tomou lugar do anterior prazer e satisfação em lê-lo. Está formal em demasia. Lembrem-se de que atualmente pessoas com mais idade e mais dificuldade em acessos digitais são fiéis leitores. Exemplos: a parte sobre o clima ficou horrível de entender, tenho de fazer uso de uma régua para chegar a uma conclusão, enquanto a forma anterior bastava olhar e entender; e a Corrida tem fotos enormes e nada de resumo de notícias. Só falta tirarem a coluna da Mônica Bergamo da Ilustrada.

Heddy Lamarr Matiussi Dias (São Paulo, SP)


PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.