Abrigos de SP têm situações parecidas com as de Roraima, diz leitor

Saúde no Brasil e campanha eleitoral foram outros temas debatidos no Painel do Leitor

Especial Saúde 
O excelente caderno especial (“E agora, Brasil? Saúde”, 25/8) deveria ser leitura obrigatória para os candidatos à Presidência da República que poderiam se inspirar nas ideias que o suplemento traz. Hoje a saúde brasileira está na UTI e respira por aparelhos. 

André Pedreschi Aluisi (Rio Claro, SP)

 

A enfermeira Andrea Paula Hass faz um teste rápido de HIV em um paciente no Policlínico Centro em Florianópolis - Lalo de Almeida/Folhapress

 

Nas propostas para o SUS, há menção à medicina baseada em evidências e a agência Nice, que determina os tratamentos oferecidos pela rede pública inglesa, é citada. Mas não há menção ao esforço inglês para eliminar as práticas alternativas da rede, enquanto o SUS faz o oposto. A Inglaterra baniu a homeopatia do sistema público. Mas o texto elege, como caso de desperdício, o monitoramento cardíaco fetal em gestações normais. Desperdiçamos R$ 22 bilhões com má gestão? As PICs custaram R$ 17 bilhões.

Natalia Pasternak, pesquisadora ICB-USP (São Paulo, SP)


Colunistas
Vladimir Safatle escreveu talvez um dos artigos mais importantes da Folha,  (“Refugiados e cidadãos”, Ilustrada, 25/8) dizendo o que pouca gente percebe ou não tem como dizer. Seu “nada nos une como brasileiros” foi corroborado na edição na coluna Painel (25/8), que cita as vergonhosas manobras dos juízes para obterem aumentos que, à medida que o assunto é esticado, continuam com suas escandalosas benesses em completa dissonância com os demais cidadãos.

Nicola Granato (Santos, SP)

 

Relevante, sobre todos os aspectos, a coluna de Vladimir Safatle. Ele altercou tomando Pacaraima (RR) no extremo Norte do país, mas poderia fazer a partir da capital paulista. Bastava ir a algum dos abrigos da cidade para constatar que, diariamente, milhares de pessoas seguem a esmo. Nos abrigos, os usuários estão naturalizando práticas de convivência de prisão e, assim como refugiados, perambulam na cidade que já foi espaço de oportunidade para migrante e imigrante. 

Marcelo Pedro de Arruda, historiador (São Paulo, SP)


Coco vilão?
Parabenizo a Folha pela página de divulgação científica que mantém no jornal. É excelente o artigo sobre fatos e mitos do óleo de coco (“Óleo de coco não é veneno, como diz pesquisadora dos EUA, nem panaceia”, Ciência, 25/8).

Franco M. Lajolo, professor sênior da FCF/USP (São Paulo, SP)


Eleições
O candidato João Doria não ganha nada ao falar mal e xingar Lula, tal como fez no debate da RedeTV! (“Em debate, candidatos ao governo de São Paulo defendem padrinhos”, Poder, 25/8). Se é essa a estratégia do marketing eleitoral, trata-se de um equívoco. Vai perder votos e facilitará a aproximação e possível vitória dos adversários. Ainda mais sendo Doria o candidato com maior rejeição eleitoral no Estado.

Pedro Valentim (Bauru, SP)

 

Para quem fica surpreso com a liderança na preferência popular por um candidato que está condenado e preso (“Lula chega a 39%, aponta Datafolha; sem ele, Bolsonaro lidera” , Poder, 22/8), lembro que nos anos 1970 adorávamos os presidentes que, hoje sabemos, eram ditadores. Assim, o fato de ser amado pelo povo não pode eliminar a necessidade de respeito às leis vigentes.

Marcos de Luca Rothen (Goiânia, GO)

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