'Atleta, antes de tudo, é um cidadão e tem liberdade de expressão', diz advogado

Justiça Desportiva avalia se julga Felipe Melo por declaração de apoio a Jair Bolsonaro

Eleições

A declaração do vice de Bolsonaro, menosprezando as mães e avós, julgando-as incapazes de cuidar de seus filhos e netos, e culpando-as pela existência de “desajustados que ingressam em narcoquadrilhas”, é absolutamente inaceitável e inverídica, além de menosprezar e ofender as mulheres (“Lar só com ‘mãe e avó’ é ‘fábrica de desajustados’, afirma vice de Bolsonaro”). A população feminina é, na verdade, responsável pela criação e proteção da prole e deveria haver o justo reconhecimento social aos relevantes serviços prestados por ela. 

Luiza Nagib Eluf, advogada (São Paulo, SP)

 

Excelentes as análises de Joel Pinheiro da Fonseca (“O dilema real”) e de Marco Aurélio Ruediger (“A raposa na eleição”). Estamos no curso de uma polarização-radicalização que terminará num desastre ainda maior do que já vivemos. Se um candidato do centro não ganhar, estaremos condenados ao atraso, ao populismo e à “verdade” de um dos dois lados.

Acacio Fugita (São Paulo, SP)

 

Inaceitável a pretensão da Justiça Desportiva de criar verdadeira lei da mordaça no futebol (“Tribunal teme precedente e pode julgar Felipe Melo por apoio a Jair Bolsonaro”). Os atletas, antes de tudo, são cidadãos e têm pleno direito de exercerem o consagrado princípio constitucional da liberdade de expressão.

Carlos C. Balaró, advogado (São Paulo, SP)

 

A questão não é o direito de expressar sua opinião, o que é legítimo como cidadão. Contudo, naquele momento, quem estava expressando a opinião política era o funcionário da agremiação esportiva.

João Wilson Barbosa Magalhães (Arapiraca, AL)

 

Há artistas brasileiros que apoiam o ex-presidente Lula. Mas Felipe Melo corre o risco de ser punido por manifestar apoio a Bolsonaro? Este país vive numa democracia?

Wagner José Callegari (Limeira, SP)

Felipe Melo durante partida do Palmeiras contra o  Cerro Porteño, em agosto deste ano, pela Libertadores
Felipe Melo durante partida do Palmeiras contra o Cerro Porteño, em agosto deste ano, pela Libertadores - Nelson Almeida/AFP

 

Pablo Ortellado comete sucessivos erros em sua análise. (1) Considera a voz dissonante de Tasso Jereissati no PSDB sinônimo de revisão interna ao partido, enquanto o PT, com declarações de Dilma, Haddad e Lula admitindo erros, não equivale a autocrítica. (2) Ignora que o PSDB questionou as eleições de 2014 com argumentos de igual natureza aos de Bolsonaro no vídeo deste candidato. (3) Na ansiedade de criticar, perdeu a declaração de Haddad sobre não utilizar o indulto para Lula (“Um passo atrás”).

Leandro Ferreira, membro do Diretório Estadual do PT-SP

Resposta do colunista Pablo Ortellado - Como sempre, o PT, em vez de reconhecer seus erros, prefere dizer que os outros partidos também erraram ou erraram mais. Apenas após a publicação da coluna, Haddad, em entrevista à CBN, recusou claramente ter intenção de dar indulto a Lula. Que bom.

 

A mais perfeita análise do que ocorre no Brasil foi feita por Vinicius Mota (“A direita popular”). Enquanto não se entender a insatisfação de uma vasta camada de brasileiros e não se falar respeitosamente com eles, não se equacionará parte importante dos problemas brasileiros.

Ricardo Freire (São Paulo, SP)


Constituição

Em poucas palavras, Ives Gandra da Silva Martins fez uma análise do que é nosso país hoje. Não existe respeito ente os poderes constituídos. Temos uma boa Constituição, mas nos esquecemos de preparar os brasileiros para respeitá-la (“Os 30 anos da Constituição Federal”).

Antenor Baptista, advogado (São Paulo, SP)


Teorias da conspiração

Como seria melhor o mundo se nossos amigos e parentes —acho que todos temos amigos e parentes que acreditam em teorias da conspiração— pudessem ler e deleitarem-se com a maravilhosa coluna de João Pereira Coutinho (“Buracos de coelho”). A sociedade —principalmente relacionamentos pessoais— teria uma qualidade superior.

Ana Rita Leite Feitosa (São Paulo, SP)


Música nos vagões

Em esclarecimento à reportagem “Nova música ambiente nos trens é principal queixa de usuários do metrô de SP ”, o Metrô esclarece que as manifestações negativas sobre o projeto Metrô+Música registradas nos canais oficiais da Companhia apresentaram queda de 26% em agosto em relação ao mês anterior. Cabe ressaltar ainda que a iniciativa conta com a aprovação, na média, de 74% dos 3,5 milhões de usuários que utilizam diariamente as linhas 1, 2 e 3. 

Adele Claudia Nabhan, chefe do departamento de imprensa do Metrô


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