Recessão foi artificialmente construída quando Dilma se candidatou à reeleição, diz leitor

O resultado dos panelaços e bandeiraços está aí, para todos vermos, diz Caetano Pessoa

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Copo vazio
Para onde se olhe, a conclusão é uma só: a recessão no Brasil foi artificialmente construída a partir do início de 2014, quando Dilma se candidatou à reeleição. Foi o momento de inflexão de todos os indicadores financeiros e sociais do país, que, desde então, só fizeram piorar. O resultado dos panelaços e bandeiraços está aí, para todos vermos. Parafraseando Laura Carvalho, um brinde de "copo vazio" aos envolvidos.
Caetano Estellita Pessoa (São Paulo, SP)

Para a turma que define a economia desde Temer, "quanto pior, melhor". O colapso das contas públicas é argumento para a venda de ativos públicos. Se não há emprego, busca-se o barateamento da mão de obra via retirada de direitos e encargos trabalhistas. O PT cometeu muitos erros, mas não a ponto de causar a retomada econômica mais lenta da história. 
Fabio Ferrite (Ribeirão Preto, SP)


Lava Jato
Sergio Moro está sendo frito por um bando enquistado no próprio governo e no Congresso. Uma pessoa com a sua capacidade não precisa se sujeitar a esses engravatados do alto escalão, que vivem a armar tramas. Só não entendo por que o ministro da Justiça continua aqui. Deveria fazer como tantos outros, pois não vale a pena sofrer esse tipo de humilhação. Ministro, faça as malas e mostre sua competência em países que irão valorizá-lo. O Brasil está na UTI.
Teresa Fernandez (Belo Horizonte, MG)

Sergio Moro e Jair Bolsonaro durante evento no Palácio do Planalto - Evaristo Sá/AFP

É chocante a quantidade de abusos cometidos pelos servidores do Ministério Público, Polícia Federal e Judiciário ("Delegada da PF ordenou grampo clandestino na Lava Jato, mas só agente foi punido"). E quem se ferra é quem se insurge contra o abuso. Há tempos, uma fiscal de trânsito foi presa por multar um juiz. Agora foi um agente que denunciou as falcatruas da chefe. Este país é um nojo.
Erison Mendonça (Inhumas, GO)

A delegada da Polícia Federal Daniele Gossenheimer Rodrigues, em depoimento
A delegada da Polícia Federal Daniele Gossenheimer Rodrigues, em depoimento em 2015 - Reprodução

Jair Bolsonaro chamou Moro de "patrimônio nacional", mas bastará o juiz fazer o menor movimento no sentido de uma candidatura presidencial em 2022 que Bolsonaro o transformará rapidinho em inimigo nacional.
Sandro Oliveira de Carvalho (Curitiba, PR)


Feminismo
Muito bom o artigo de Mariliz Pereira Jorge de 29/8. Muita gente não consegue compreender o que é o feminismo. E parece que teremos que explicá-lo por longo tempo ainda. 
Luiza Eluf, ex-secretária Nacional dos Direitos da Cidadania do Ministério da Justiça (São Paulo, SP)


Movimentos sociais
O promotor de Justiça Cassio R. Conserino ("Facetas do direito à moradia"), que, coautor de peça acusatória contra Lula, ficou célebre por confundir Hegel com Engels, usa aspas ao se referir aos movimentos sociais relacionados à moradia, num claro propósito de criminalizá-los. Constata o promotor que "essa mentalidade em que uns poucos ganham (...) tem de ser terminantemente extirpada do seio social". Estaria ele se insurgindo contra a especulação imobiliária que mantém centenas e centenas de prédios vazios na cidade?
Marcelo Pedro de Arruda, historiador (São Paulo, SP)

Pessoas que moravam em prédio ocupado e que desmoronou acampam no largo Paissandu, no centro de São Paulo - Eduardo Anizelli - 27.jul.2018/Folhapress

Future-se
Por ter estudado e debatido o projeto "Future-se", minha impressão é a de que há um óbvio interesse do governo federal em, ao se servir da conhecida tática do torniquete financeiro, livrar-se da universidade pública tal como a concebemos: um espaço de liberdade, de civilidade, do alargamento da fronteira da ciência, da filosofia, das artes, da ciência e da tecnologia. Para esses senhores, esse intolerável espaço de saber precisa ser detido em favor do criacionismo, do terraplanismo, da ignorância e da má-fé. Tirem as mãos da universidade pública. Nem o nazismo conseguiu derrotá-la.
Clarilton Ribas, professor titular aposentado de ciências sociais da UFSC (Florianópolis, SC)


Pecuária sem Amazônia
Embora eu defenda uma dieta vegetariana, respeito os que gostam de carne, desde que a preservação do ambiente e os direitos dos animais sejam também respeitados. E, sobretudo, que sejam respeitados os direitos dos indígenas e das demais populações que vivem nas florestas. Assim, confiando nos dados citados pelo empresário Sylvio Lazzarini em seu artigo "A pecuária não precisa da Amazônia" e em sua disposição de deixar "a Amazônia em paz", penso que a posição que defende seja, de fato, responsável e inspiradora. 
Maria Cecilia Sá Porto (Embu das Artes, SP)

Área desmatada para pastagem na APA do Rio Pardo, território que pertencia Floresta Nacional Bom Futuro antes da redução e foi rapidamente degradada - Lalo de Almeida - 14.ago.2018/Folhapress

Aldemir Bendine
Na reportagem "STF vai definir se anulação de sentença de Moro terá efeito cascata na Lava Jato", consta que Edson Fachin decidiu remeter ao plenário do STF a discussão que levou à anulação da sentença contra Aldemir Bendine. A informação deixa a impressão de que a decisão tomada em relação a Bendine poderá ser revista. Na verdade, a decisão tomada pelo STF foi consumada e não poderá ser revista pelo plenário. Só casos futuros poderão ser discutidos.
Alberto Zacharias Toron, advogado de Aldemir Bendine (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Reynaldo Turollo - A reportagem é clara ao afirmar que o caso que vai ao plenário não é o de Aldemir Bendine, mas o de um outro ex-executivo da Petrobras.


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