Se a Lava Jato quer pôr gente na cadeia, que faça seu trabalho sem trapacear, diz leitora

Para a leitora Márcia Camargo, sentença de Lula deve ser anulada

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Lava Jato
A decisão do Supremo Tribunal Federal de anular a condenação do ex-presidente da Petrobras revoltou a base governista . Em vez de insultar e ameaçar a corte, a militância de Bolsonaro deveria dirigir seu repúdio ao verdadeiro culpado pela anulação, o ex-juiz Sergio Moro, cuja promiscuidade no exercício do cargo pôs em xeque toda a Lava Jato, o que pode resultar na liberação de criminosos maiores, como Sérgio Cabral ou Eduardo Cunha.
Bruno Sanders do Valle Pinheiro (Juiz de Fora, MG)

O ministro da Justiça, Sergio Moro - Pedro Ladeira/Folhapress

É óbvio que a anulação do processo de Aldemir Bendine visa apenas encontrar uma brecha para salvar a pele de Lula. Estão apenas se apegando a um detalhe técnico para anular tal condenação. O fato é que o senhor Bendine cometeu todos os crimes que lhe foram imputados. Tenham certeza de que esse acinte não irá durar muito tempo.
Moacyr Rodrigues Nogueira Filho (Salvador, BA)

A prosseguirem as decisões extravagantes do STF para ferir de morte a Lava Jato, daqui a pouco teremos que devolver aos corruptos todo dinheiro recuperado com as investigações. A depender de alguns ministros, precisaremos até pagar uma indenização por tê-los incomodado. Filigranas jurídicas são sacadas o tempo todo para justificar decisões cujo propósito não é trazer a causa para o bom direito, mas evitar que a Justiça alcance o seu fim.
José Tadeu Gobbi (São Paulo, SP)

Tem que anular, sim, a sentença de Lula. Se a Lava Jato quer botar gente na cadeia, que faça seu trabalho sem trapacear.
Márcia Carvalho (São Paulo, SP)

0
Manifestação em frente ao prédio da Polícia Federal em Curitiba no dia 20 de agosto, quando a prisão de Lula completou 500 dias - Everson Bressan - 20.ago.2019/Fotoarena/Folhapress

Caso o STF venha a decidir que deva voltar à primeira instância o processo que condenou o ex-presidente Lula --e isso após ter transitado pelas três instâncias do Poder Judiciário--, deixará ao cidadão brasileiro a nítida impressão de que opera contra a operação Lava Jato e tudo o que ela representa hoje em dia em nosso país.
Rivaldo Otero (Santos, SP)


Amazônia e boas práticas
Quem votou em Bolsonaro votou também num projeto para a Amazônia gestado por militares, como bem mostrou Rubens Valente na Ilustríssima de 23/8. O que parece sandice faz muito sentido nessa lógica inculcada por esse grupo desde os anos 1960. É essa doutrina que deveríamos discutir. Bolsonaro a executa com maestria, orgulhando generais. Mas estará o povo de acordo?
Priscila de Azevedo Noronha (São Paulo, SP)

No Brasil de hoje, respeitar a ciência, as estatísticas e as boas práticas internacionais virou coisa de comunista fora de moda. Descobrimos que somos a vanguarda mundial em todos os assuntos devido ao nosso afiado achismo.
Carlos Sampietri (São Paulo, SP)


Moratória argentina
Coitados de nossos hermanos, que apostaram numa direita parasitária, promotora de um neoliberalismo fadado ao fracasso e ao aumento da desigualdade social. É uma maldição antever o futuro e não poder mudá-lo. Coitados de nós, que apostamos numa extrema-direita cujo neoliberalismo miliciano é sustentado por "lawfare" e remanescentes dos Chicago Boys.
José Roberto Pereira (Curitiba, PR)


Boicote ao couro
Vejo que empresas que suspenderam a compra de couro do Brasil foram acusadas ou estão sob suspeita de usar trabalho escravo. Quem faz as coisas de maneira errada e cai nas mão da Justiça quer mais é que tudo pegue fogo.
Marco Antonio Barbeito dos Santos (Campinas, SP) 


Triste figura
O cavaleiro andante se lança pelos caminhos em busca de remédios para todo o mal do mundo ("A triste figura"). Essa busca nasce de uma desesperada nostalgia de um mundo que se foi. E ele sonha em encontrar refúgio em uma sociedade de ordem e princípios. Que contraste! A nossa triste figura não tem ideal nenhum. Em vez de facilitar a tarefa, dificulta-a. Faz menos livre e próspero o mundo em que vivemos.
Silvana de A. G. Sousa (Belo Horizonte, MG)


Motos
O projeto original do Código de Trânsito Brasileiro proibia que motos circulassem em meio aos carros. Mas, por uma razão que não consigo imaginar qual seja, esse item foi vetado. E, na nossa informalidade legal, ficou entendido que as motos teriam uma liberdade de tráfego. Essa informalidade criou enormes fábricas de motos, mas, como efeito colateral, deixou 2,5 milhões de pessoas com invalidez permanente.
Marcos de Luca Rothen (Goiânia, GO)

Imagem da perna do empresário Fernando Silva Junior, que sofreu acidente de moto - Zanone Fraissat/Folhapress

 

Calçadões
A administração paulistana ilude a si e ao povo com a reforma dos calçadões. Antes de gastar uma fortuna em obras é preciso resolver o problema do contingente humano de indigentes e drogados que habitam a região. O ambiente é sujo, fétido, inseguro. O novo piso não resolverá o velho descaso. Antes de tudo, água, sabão e realocação e atendimento aos que ocupam a região farão muito mais pela recuperação dos espaços para o turismo e a qualidade de vida de toda a população.
Paulo Francisco Bastos von Bruck Lacerda (São Paulo,"‚SP)

0
Calçadão na região central de São Paulo com as pedras portuguesas que serão trocadas - Danilo Verpa/Folhapress

Achei uma péssima ideia trocar as pedras portuguesas das ruas do centro histórico de São Paulo. Essas pedras fazem parte da história e da beleza da região. Fizeram essa desfiguração aqui em Salvador e ficou horrível. As ruas ficaram descaracterizadas. Os novos calçamentos, a maioria de péssima qualidade, sofrem reparos anuais.
Elisabeth M. Slavick (Salvador, BA)


PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.