Para leitor, polêmica sobre censura a HQ pode ajudar a despertar o interesse por livros no país

Obra que poderia passar despercebida hoje ocupa as conversas da população, diz Maria de Lourdes Matos

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Censura na Bienal do Rio
Entre milhares de obras na Bienal, uma, de público restrito, que passaria talvez despercebida, hoje ocupa as conversas de grande parte da população. Que Crivella e demais políticos polemizem mais. Talvez seja esse o recurso que falta para uma cruzada em prol de despertar o interesse por livros em nosso país.
Maria de Lourdes Mancilha Nunes Matos (Itajubá, MG)

O homossexualismo está sendo empurrado goela abaixo --de forma muito sutil-- às crianças, aos adolescentes e aos héteros pela minoria LGBT, por grande parte da mídia e pelas instituições de esquerda.
Angelo Galdi (Piracicaba, SP)

Por que tanto medo assim dos homossexuais? Afinal, somos apenas 7% da população.
Walter Neves (São Paulo, SP)

Gostaria que o magistrado que autorizou a censura na Bienal me esclarecesse algumas dúvidas. Se o beijo gay na HQ atenta contra a dignidade do público infantojuvenil, assim não será o beijo hétero em revistas, na TV e em filmes? E cenas de violência em jogos eletrônicos e escolas? Tenho o direito de considerar doentes os evangélicos com base nas premissas de Freud? ("Juiz que autorizou censura na Bienal já disse que héteros têm direito de ver gay como doente").
Jorge Zacharias (São Paulo, SP).

Se, por um lado, a autorização da Justiça para que livros sejam censurados demonstra a falência das instituições, por outro, a distribuição de 10 mil livros LGBT ("Felipe Neto compra 10 mil livros com tema LGBT para distribuir na Bienal"), a publicação na capa da Folha daquilo que se tentava esconder e a linda cena de milhares de pessoas entoando em coro um trecho da Constituição e gritando "Não vai ter censura!" trazem grande esperança por mostrar que, se as instituições não protegerem a nossa democracia, a sociedade civil o fará.
Lucas Bogéa (São Paulo, SP)

Poluição
Excelente o artigo "Poluição sonora e do ar, os males do paulistano são...". Precisamos falar sobre esse mal, sim. Lembro que o flagelo da poluição sonora não é privilégio das grandes capitais, pois atinge também o interior. Carros e motos com escapamentos abertos, cultos religiosos, foguetório de toda ordem, propaganda volante e, sobretudo, os funks e pancadões em volumes acima do suportado pelo ouvido humano infernizam a vida da população nas outrora pacatas cidades.
Djalma Weffort (Presidente Epitácio, SP)


Grito de esperança
Muito gratificante ver a entrevista com o nosso poeta maior, Carlos de Assumpção, na "Ilustríssima" de 8/9 ("Conheça o poeta negro de 92 anos comparado a Drummond e João Cabral"). Aqui na cidade ele é muito conhecido nos meios literários, principalmente pela radical defesa de seus ancestrais, que foram escravizados e cuja descendência ainda hoje é alvo de preconceito e discriminação. A comparação Castro Alves, Carlos Drummond e outros foi de uma felicidade ímpar. Enquanto houver um grito de esperança, o mundo não estará à deriva.
Roberto de Paula Barbosa (Franca, SP)

O poeta Carlos de Assumpção, um dos símbolos da poesia afro-brasileira no país - Ricardo Benichio - 26.ago.2019/Folhapress


Bolsonaro
Um presidente que se escora em líderes religiosos e empresariais para tentar conter a queda crescente de popularidade --em apenas nove meses de governo-- só pode estar fadado ao fracasso ("Bolsonaro quebra protocolo, prestigia Moro e recebe empresários em desfile"). Liderança na política tem de ser algo nato, próprio de pessoas de caráter ilibado e comprometidas com o Estado democrático de Direito.
Geraldo Tadeu Santos Almeida (Itapeva, SP)

Bolsonaro já é o melhor presidente que o Brasil já teve. Desde que tomou posse, ele e seu governo não roubaram nem uma moedinha dos cofres públicos. E estão todos vivendo estritamente de seus ganhos oficiais. São oito meses sem os custos da corrupção e só de benefícios para o país.
Arcângelo Sforcin Filho (São Paulo, SP)

Bolsonaro e Sergio Moro no desfile do Dia da Independência - Evaristo de Sá - 7.set.2019/AFP

Independência (dos Poderes)
Por ironia, Augusto Aras, que fugiu do debate público, foi escolhido por Bolsonaro para ocupar o cargo de procurador-geral da República às vésperas da comemoração da Independência do Brasil. Ou seja, o escolhido não tem apoio de seus pares, mas é garantia de defesa da agenda conservadora do chefe do Executivo. Observa-se, no entanto, que a economia pode estar em frangalhos, mas o setor cômico não tem de que reclamar. Diria a personagem de Machado de Assis: Aras será nomeado "com a Bic da galhofa e as tintas da melancolia" ["Memórias Póstumas de Brás Cubas" - Ao leitor]. 
Gilmair Ribeiro da Silva (Piracicaba, SP)

Li e reli algumas vezes o editorial "Contrato de risco" (Opinião, 7/9) para ver se encontraria alguma comparação entre o governo Bolsonaro e os petistas na escolha do PGR. Já que a Folha e seus colunistas gostam tanto de fazer esse tipo de comparação, achei que iria ler coisas do tipo "Bolsonaro não seguiu a tradição como o PT na escolha do PGR", "Bolsonaro não manteve a independência do MPF como fez o PT" ou " A escolha do PGR entre os eleitos pelos seus pares implantada pelos petistas foi abandonada". Engano meu. A Folha só faz comparações quando são depreciativas ao PT.
Flávio Fonseca (Mendes, RJ)


Meio ambiente
O ministro Ricardo Salles, entrou na administração pública sem mérito, por apadrinhamento político ("Salles contraria Ministério Público Federal e volta a criticar Ibama e ICMBio"). Seu "mérito" para ter sido escolhido para o ministério foi ter sido condenado por adulterar mapa de zoneamento de unidade de conservação. Pelo bem do país, retire-se, ministro.
Marco Aurelio Lessa Villela (São Paulo, SP)

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles - Adriano Machado - 6.set.2019/Reuters

Capes
Em relação à reportagem "Governo celebra impacto científico que é reflexo de investimentos anteriores", a Capes reconhece que as ações de 2019 foram fundamentais para a elevação desse indicador. Os investimentos em programas estratégicos e prioritários, eventos científicos e avaliação dos cursos de pós-graduação já somam mais de R$ 2,7 bilhões. Essas iniciativas direcionam a pesquisa brasileira a alcançar níveis mais elevados na produção científica, gerando benefícios para toda a sociedade.
Thaís Mesquita Cantanhêde, assessora de Comunicação da Capes (Brasília, DF)


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