Há que se punir o parlamentar que destruiu a peça cultural, diz Jefferson C. Vieira

Para Felício Siqueira Filho, se o ato do deputado não é quebra de decoro, não há nada mais que seja

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Obscurantismo
O que dá direito a alguém vandalizar uma peça de uma mostra cultural, qualquer que seja ("Deputado do PSL quebra peça de exposição sobre Consciência Negra na Câmara", Poder, 19/11)? Há que se punir a grotesca atitude do parlamentar, sob pena de servir de incentivo aos obscurantistas de plantão, que desprezam a arte, a cultura e o intercâmbio de ideias. 
Jefferson C. Vieira (São Paulo, SP)

Por fim, imagem sobre violência policial contra população negra rasgada pelo deputado Coronel Tadeu
Charge sobre violência policial contra população negra rasgada pelo deputado - Reprodução

Nossas dívidas sociais não foram resolvidas nem pagas, e esse é o maior entrave para o desenvolvimento pacífico do país. Um deputado praticar crime de racismo, a permissão a símbolos nazistas e o presidente enaltecer o golpe de 1964 são faces da submissão tolerante que nos condena a um retrocesso civilizatório sem igual em nossa história.
Adilson Roberto Gonçalves (Campinas, SP)

O que o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) precisa entender é que, mesmo tendo quebrado a placa de uma exposição alusiva ao Dia da Consciência Negra, não conseguirá apagar dados estatísticos realizados pelos mais sérios institutos de pesquisas do Brasil. Já há algum tempo, esses órgãos vêm denunciando a triste realidade que é o genocídio da população negra, que atinge principalmente os jovens das periferias.
Neusa Maria Pereira Borges (São Bernardo do Campo, SP)

Placa com charge que foi atacada pelo deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) - Pedro Ladeira/Folhapress

A destruição de um desenho em uma exposição contra o racismo é um crime. Dentro do Congresso Nacional e praticada por um parlamentar, revela o contexto em que estamos vivendo. Tudo o que temos de pior encontrou no bolsonarismo seu meio de expressão. E mais: há um culto à estupidez, como se quanto mais burro e agressivo melhor.
Antônio Máximo (Rio de Janeiro, RJ)

Se isso não é quebra de decoro, não há nada mais que seja. Cassação do mandato já! Ou cortamos as asinhas desses fascistas no Congresso ou voltaremos ao obscurantismo da ditadura, que tanto prejudicou o país.
Felício Antonio Siqueira Filho (São José do Rio Preto, SP)

Consciência negra deve existir, mas, acima de tudo, consciência de cidadania, que não tem cor. Quanto à tal charge, é um desrespeito e uma afronta às forças de segurança, que estão a cada minuto na linha de tiro dos criminosos do tráfico, alimentados pelo consumo dos mesmos boçais que vivem gritando palavras de ordem.
Argemiro Dias (Brasília, DF)

O deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) - Luis Macedo - 2.abr.2019/Câmara dos Deputados

Nem nem
Parabéns a Ruy Castro pela coluna "Nem nem" (Opinião, 20/11), que retrata bem a nossa situação política, ao menos para quem não é eleitor de "cabresto". Votei em Alckmin e, por culpa de Lula, votei em Bolsonaro no segundo turno. Agora é nem Lula nem Bolsonaro. Na próxima eleição a gente conversa.
Manoel Bolonha (São Paulo, SP)

Discordo de Ruy Castro. O povo brasileiro não merece o rótulo do "nem Lula nem Bolsonaro". Essa receita pode ser aceitável para quem quer dela se servir para se esconder em razão do fracasso de seu eleito. Este povo, com ou sem Lula, mas certamente sem Bolsonaro, retomará sua alegria e seu caminho, com determinação, coragem e sabedoria, dentro da ordem e da lei.
Ademar G. Feiteiro (São Paulo, SP)

Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro - Adriano Machado - 17.nov.2019/Reuters Alan Santos - 14.nov.2019/PR


Bolsa Família
O então candidato Jair Bolsonaro, que várias vezes criticou e ameaçou extinguir o Bolsa Família, agora como presidente faz "pedaladas" para honrar o 13º. Nada como ser um dia pedra e no outro vidraça e, ao mesmo tempo, perceber os seus índices de popularidade despencando. Em breve, o governo mudará o nome do programa para Bolsa Família Bolsonaro e assumirá a paternidade do benefício.
André Pedreschi Aluisi (Rio Claro, SP)

Três hipóteses
"Jornaleco não vive sem mentir, diz Bolsonaro sobre reportagem da Folha sobre Bolsa Família" (Mercado, 20/11). Parabéns à Folha! O jornal faz tanto sucesso que o presidente determina o cancelamento de todas as assinaturas mantidas pelo governo federal e, ainda assim, a notícia chega aos seus olhos. Restam, então, três hipóteses: a ordem presidencial não foi cumprida; está revelado um caso de assinatura pirata; ele mandou o assessor comprar na banca e se divertiu.
Ormuz Rivaldo (São Luís, MA)

É muito fácil Jair Bolsonaro desmentir a notícia publicada pela Folha. Basta apresentar os documentos que mostrem de onde virá o dinheiro para pagar o 13° do Bolsa Família.
Luis Antonio Fernandes de Oliveira (Ilha Solteira, SP)

Cancelou a assinatura, mas anda pegando o jornal emprestado para ler, só pode ser. A Folha não merece ter esse indivíduo no seu rol de assinantes.
Marcos Teixeira de Souza (Barra Bonita, SP)

A Folha é um jornaleco engana trouxa. Critica o presidente Bolsonaro, mas apoia o ministro Paulo Guedes, que está lá só para pôr em prática a total exploração da classe trabalhadora. Política de transferência de renda dos pobres para os ricos.
Paulo Vizona (Campinas, SP)


Moro
"Moro responde a colunista e diz que 'repudia insinuações' sobre convite para ministério" (Poder, 20/11). Estou entre os que acreditaram e depois se decepcionaram com Sergio Moro. É óbvio que quem é "sondado" está em plena negociação de cargo. Ao aceitar ser ministro de um dos candidatos à Presidência, Moro perdeu os argumentos e a razão.
Márcia Meireles (São Paulo, SP)

O ministro da Justiça, Sergio Moro - Pedro Ladeira/Folhapress

Amazônia
De nada adianta esse blá-blá-blá sobre desmatamento, queimadas e garimpo na Amazônia. As ocorrências precisam ser individualizadas. O Inpe deve notificar a ocorrência ao Incra, que deve dar ao Ministério Público os dados do cadastro da propriedade rural onde houve a infração para que este lavre multa e solicite ao juízo a prisão do responsável e, mais importante, o bloqueio da matrícula do imóvel. É no bolso que os infratores devem ser atingidos.
Aldo Portolano (São Paulo, SP)

A declaração do presidente Jair Bolsonaro reconhecendo o enorme crescimento do desmatamento e das queimadas na Amazônia foi seguida de patética explicação: "Você não vai acabar com o desmatamento nem com as queimadas. É cultural". As pessoas que votaram nele, acreditando no seu alegado compromisso de combate a práticas criminosas, devem se juntar aos movimentos populares que exigem prestação de contas por tanta incompetência.
Claudio Janowitzer (Rio de Janeiro, RJ)


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