Leitor festeja volta de Lula, mas pede embate de ideias de forma leal

Renúncia de Evo Morales e precarização do trabalho motivam comentários de leitores

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Lula solto
Vimos a fala de um homem que, aos 74 anos e após meses de encarceramento, retoma a tribuna e discursa sobre difíceis temas da cena política, com incrível resiliência (“Lula e Bolsonaro trocam ofensas e indicam duelo entre oposição e governo”, Poder, 10/11)! Bolsonaro foi eleito e é presidente do Brasil. Mas não lidera nem traduz esperanças e sonhos. Esperemos o embate de ideias e propostas, porém em arena onde a luta seja leal. Bem-vindo, Lula. Mas, por favor, com autocrítica sobre decisões de seu partido.
Eliana Soares (Rio de Janeiro, RJ)

O grupo que apoia Lula gostaria de que ele se assumisse como Mandela, que passou 60 anos lutando pela liberdade de seu país. Nelson Mandela foi reconhecido pela ONU, que em sua homenagem instituiu o Dia Internacional de Nelson Mandela. Essa é a diferença entre líder político reconhecido mundialmente e outro que age como um cão raivoso que, solto da coleira, quer morder todo mundo (“Em discurso, petista indica que economia de Guedes será pilar da oposição”, Poder, 10/11) . 
Laércio Zanini (São Paulo, SP)

Lula é um excelente orador. O que disse no Sindicato dos Metalúrgicos calou fundo no coração de todos que votaram em Bolsonaro para se livrar do PT. Foi o Lula dos anos de chumbo, que trouxe à mente daqueles que o abandonaram a lembrança de tempos mais felizes.
Maria Bethania Malato (Belém, PA)

Com Lula, o STF libertou outros condenados em segunda instância (“Supremo enfrentará ação sobre Flávio depois de julgamento que soltou Lula”, Poder, 10/11). A imprensa deve publicar a lista com os crimes cometidos por cada um e os anos em que seus processos se arrastam. Assim a sociedade poderá julgar o custo do ato do STF e procurar pobres “inocentes” que estavam no meio de criminosos cheios de culpa, dinheiro e poder, que a sociedade encarcerou para se convencer de que, no Brasil, a Justiça existe.
Jorge Alberto Nurkin (São Paulo, SP)


Editorial
Em “Retrocesso penal” (9/11), o artigo fecha o ciclo mostrando, de forma irretocável, a venalidade com que o STF encerrou a pendenga!
Albino Bonomi (Ribeirão Preto, SP)
*
Apesar de não concordar com a ideia nem com a conclusão do editorial, o raciocínio que o norteou foi muito bem desenvolvido. Parabéns! 
Josenir Teixeira, advogado (São Paulo, SP)


Graça Aranha e o nazismo
Parabenizo o jornal e o autor Roberto Simon pela coluna “Um brasileiro na Kristallnacht” (Mundo, 9/11). Desconhecia a história de Temístocles da Graça Aranha e foi com grata surpresa que li sobre seus atos nobres. Estudei no Instituto Goethe na rua Graça Aranha e não sabia do papel que o filho deste escritor e diplomata havia tido. Assim a Folha cumpre seu papel de disseminar conhecimento.
Ana Carolina Carvalho (Rio de Janeiro, RJ)

Pedestres passam por vitrine destruída após ataques da Kristallnacht, em novembro de 1938
Pedestres passam por vitrine destruída após ataques da Kristallnacht, em novembro de 1938 - Ann Ronan Picture Library/Photo12/AFP

Porteiro
Ao apresentar nome, apelido e foto do porteiro que citou Bolsonaro (“Porteiro que citou Bolsonaro mora em área de milícia”, Poder, 9/11), a Folha iguala-se ao que há de mais nefasto da imprensa. Só faltou citar nome e escola onde estudam os netos do porteiro. Lamentável.
Dejalci Eduardo Fontana Martins (Bauru, SP)


Evo Morales renuncia
A Bolívia, sob Evo, é o país que mais cresceu na América do Sul, o que prova que não basta fazer bom governo. O povo, nunca satisfeito, gosta de ficar trocando de governo e é facilmente enganado por fake news e falsas promessas de avanços. O povo, esperando que a oposição vá fazer melhor, não entende que a troca pode significar o contrário (“Evo Morales renuncia à Presidência da Bolívia”, Mundo, 10/11). 
Sandro Oliveira de Carvalho (Curitiba, PR)

Evo Morales, que ficou 13 anos no poder, afirma ter sido vítima de “um golpe cívico, político, policial”. Na verdade, o filhote de caudilho foi escorraçado pelo povo.
Celso Bittencourt (São Paulo, SP)

E a história de golpes na América Latina se repete. O último: Bolívia, 2019. Nos moldes do Brasil de 1964, o Exército “sugere” ao presidente renunciar. Isso é perturbador.
Geison Neves da Cruz (Pato de Minas, MG)

Esse sujeito está com o mesmo pensamento do Jânio Quadros, o de que vai voltar nos braços do povo. Sonha, sonha, sonha.
Edson Rossete (Curitiba, PR)

Imagem de TV no momento em que Evo Morales anunciou que renunciava à Presidência da Bolívia
Imagem de TV no momento em que Evo Morales anunciou que renunciava à Presidência da Bolívia - Xinhua/Bolivia TV

Sabemos como acaba não reconhecer resultado eleitoral, sobra no lombo do povão a conta.
Hercilio Silva (Brasília, DF)


Teocracia
Nunca imaginei, mesmo nos momentos mais sombrios, que o Brasil estaria na iminência de se tornar uma teocracia. Ao contrário dos autênticos aiatolás, cuja vida particular é materialmente modesta, os desta terra são vorazes nababos, cultores do mais vulgar materialismo (“Bancada da Bíblia quer isenção a igreja e sala para sacerdote em escola de SP”, Cotidiano, 10/11).
Mariana Capparelli de Almeida Passos (Nova Friburgo, RJ)


Trabalho precário
Muito triste esse cenário. Por isso meu filho, em 2017, foi fazer o doutorado fora e continua se qualificando lá fora. Um país que corta investimento por 20 anos não é lugar para engenheiros. Um país que seleciona médicos e professores para corte de salários não é lugar para vida e conhecimento (“Dobra número de pessoas com faculdade em trabalho precário”, Mercado, 10/11). Que Deus ajude essa “pátria amada”.
Marcelo De Lima Sant’Anna (Rio de Janeiro, RJ)

É muito chato ler isso, mas é esperado no país que não se abriu ao comércio exterior, não obteve nível tecnológico competitivo e está se desindustrialização a largos passos. O agro é bom, mas não emprega muito nem agrega renda para o país.
Marcelo Emanoel Dias Barbosa (Campo Grande, MS)


Augusto Nunes x Glenn
A briga vai além de um soco (“Em rádio, jornalista Augusto Nunes agride Glenn Greenwald, que revida”, Poder, 8/11). Nunes revelou homofobia ao dizer “Quem vai cuidar dos seus filhos?”, referindo-se às crianças que Glenn adotou com o marido, o deputado David Miranda. Nunes já perguntou a um político se a esposa trabalhava fora? Nunes ficava em casa cuidando das filhas? A homofobia é crime no Brasil, e a sociedade deve respeitar a legitimidade e a solidez de famílias com pais ou mães não heterossexuais.
Jeffrey Hoff (Florianópolis, SC)

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