Para leitor, Bolsonaro governa tendo o ódio como referência

Elogio de presidente à ditadura se assemelha à fala de Alvim, diz leitor

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Ex-secretário da Cultura
Em que ponto as declarações de elogio de Bolsonaro a ditadores e torturadores sanguinários —sem falar nos milicianos— são diferentes das de Roberto Alvim? Não deveria ser demitido também?
Flávio Fonseca (Mendes, RJ)

Bolsonaro governa tendo o ódio como referência. Todas as ações do governo têm um clima de guerra, de nós contra eles. O último ato dessa guerra foi protagonizado por um patético secretário de Cultura, que copiou e colou um discurso nazista para mostrar aos infiéis o que é arte e cultura. O infeliz ex-secretário copiou o olhar, o ambiente, a música, tudo, do ministro da Propaganda de Hitler, crente que ninguém iria se dar conta. O Brasil quer paz e respeito do presidente.
Mário Barilá Filho (São Paulo, SP)

Imagem mostra Roberto Alvim ao centro, sentado em uma mesa; acima dele, a foto do presidente Jair Bolsonaro; ao seus lados, a bandeira brasileira e uma cruz
O ex-secretário da Cultura do governo Bolsonaro Roberto Alvim em vídeo em que parafraseia Goebbels - Reprodução/Twitter


Muito mi-mi-mi por nada. A frase de Joseph Goebbels, parcialmente plagiada por Alvim, por si só nada representa. Em nenhum momento exalta ou remete à chacina nazista. Saliente-se a nota pacificadora e inteligente da embaixada alemã: “Opomo-nos a qualquer tentativa de banalizar ou glorificar a era do nacional-socialismo”.
Maurílio Polizello Júnior (Ribeirão Preto, SP)

Estarrecedores o ambiente, a linguagem e a música, semelhantes ao que fez Goebbels, uma das figuras mais nocivas e assassinas da história. A sociedade brasileira não pode tolerar e conviver com mensagens desse teor —e advindas do primeiro escalão do governo. Urge que o presidente de um país que enviou tropas para combater o nazismo tome as devidas providências, inclusive em relação aos que influenciaram o ex-secretário.
Abraham Goldstein, presidente da B’nai B’rith do Brasil (São Paulo, SP)

A grande mídia e a sociedade ajudaram a chocar ovos de serpentes. O veneno já está no ar, matando muitas pessoas. O veneno que o atual desgoverno despeja contra a imprensa, os pobres e a oposição já passou dos limites da civilidade.
Joaquim Parron Maria (Curitiba, PR)
 

charge de leitora Josiane Orsolino Massa Hierikim para Painel do Leitor de 18.jan.20
Charge de leitora Josiane Orsolino Massa Hierikim sobre a fala de Roberto Alvim - Josiane Orsolino Massa Hierikim

Josiane Orsolino Massa Hierikim (Ribeirão Preto, SP)

Roberto Alvim, em 2020, e Joseph Goebbels, em 1933


Um dos pontos essenciais do programa do capitão, aplaudido pelos incautos, foi o “desaparelhamento” do Estado. Agora, com o discurso nefasto do ex-secretário de Cultura e as falas do ministro da Educação, vê-se que o desaparelhamento era apenas para aparelhar todas as áreas do Estado.
Maurice Politi (São Paulo, SP)


Fabio Wajngarten
Onde estão as camisas amarelas, as bandeiras e os bonequinhos vestidos de presidiário? Onde está certa advogada que rodopiava nas tribunas, fazendo discursos inflamados contra a corrupção? Silêncio ensurdecedor! É claro: um secretário do governo Bolsonaro não pode ser corrupto. Na pior das hipóteses, apenas desconhece as leis.
Francisco J. B. de Aguiar (São Paulo, SP)

O chefe da Secom, Fabio Wajngarten - André Coelho/Folhapress


Luiz Vieira
“Morre Luiz Vieira, autor da música ‘Paz do meu Amor’, aos 91” (Ilustrada, 16/1). Não é para ficar triste, não! Luiz agora é uma estrela matutina, luz que descortina, um mundo encantador. De agora em diante, quando os anjos estiverem com Deus, vão ouvir Bach, mas, quando estiverem entre eles, vão ouvir Pixinguinha, Braguinha e Luiz Vieira.
Humberto Mendes (São Paulo, SP)

O cantor e compositor pernambucano Luiz Vieira - Divulgação/Marcello Castelo Branco

Manga
A reportagem de Bruno Rodrigues sobre o goleiro Manga está um primor (“Sem dinheiro e doente, ex-goleiro Manga é abraçado por uruguaios”, Esporte, 17/1). É uma aula de bom jornalismo. Texto objetivo, agradável e bem redigido, com abordagem completa do assunto; fotos que se encadeiam com a narrativa; e o justo resgate de um dos melhores goleiros brasileiros de toda a história. Ídolo do Botafogo, do Internacional e do Nacional do Uruguai, até hoje não sei por que não foi o goleiro titular da seleção de 1970. Parabéns à Folha e ao repórter.
Francisco José Bedê e Castro (São Paulo, SP)

Time do Nacional campeão da Copa Libertadores de 1971. Primeiro em pé, da esq. para a dir., está o goleiro brasileiro Manga
Nacional (Uruguai), campeão da Copa Libertadores de 1971, com o goleiro Manga - Club Nacional de Fútbol/Divulgação

Bolsonaro e a imprensa
Ao menor sinal de assédio por parte do governo, ou quando o jornalista tem de trabalhar diante de populares que aplaudem Bolsonaro por qualquer absurdo que ele diga, todos —eu disse, todos— os profissionais da imprensa deveriam se retirar, virar as costas. E a notícia deveria ser esta: Bolsonaro desrespeita as instituições. Goste ou não ele da Folha, declarar guerra à imprensa e privilegiar veículos que fazem jornalismo chapa-branca é também declarar guerra às instituições livres e ao Estado democrático de Direito. É hora de mostrar que a imprensa é necessária para uma democracia e que está acima de qualquer poder que um grupo de WhatsApp possa ter.
Elton Pacheco, jornalista (Brasília, DF)

Religião
A Folha noticiou que daqui a alguns anos a crença evangélica será superior à católica (“Evangélicos podem desbancar católicos no Brasil em pouco mais de uma década”, Poder, 14/1). E como ficamos nós, agnósticos, que raciocinamos racionalmente?
Aloysio Cyrino  Peralva (Juiz de Fora, MG)


Fundo eleitoral
O fundo eleitoral é fácil de ser compreendido. É um valor tirado do cidadão para financiar candidatos que se elegerão para criar leis que tiram mais dinheiro do cidadão. Pagamos para sermos roubados.
Arlindo Carneiro Neto (São Paulo, SP)


Protestos
Em relação à reportagem “Gestão Doria usa detenções e lei mais dura para sufocar protestos em SP” (Cotidiano, 16/1), informo que a polícia paulista garante o direito de manifestação e defende a liberdade de expressão. O texto não reflete a realidade e o difícil trabalho de garantir a segurança de manifestantes e da população. Ignora que não houve ocorrências em 99% das manifestações de 2019. Foram 40 detidos entre 28 mil pessoas nos 101 atos. Ao generalizar opiniões e desconsiderar dados, o texto desinforma. Não se espera isso de um jornalismo que se diz imparcial.
Vinicius Traldi, assessoria de imprensa da SSP (São Paulo, SP)

Resposta do repórter Artur Rodrigues - As principais informações que a secretaria diz terem sido omitidas constam da reportagem. A alegação de que não houve ocorrências em 99% dos casos, apresentada pela primeira vez na carta, não tem embasamento em dados conhecidos. 


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