Leitor quer que Bolsonaro divulgue resultado de seu exame

  Bolsonaro e outros leigos não seriam charlatões ao falar de cloroquina, pergunta leitor  

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Que se danem
Mais do que nunca, Bolsonaro deveria divulgar os resultados dos diversos testes que realizou da Covid-19, pois, caso já tenha sido contaminado e adquirido imunidade, seus constantes passeios, além de contrários às recomendações da OMS e do Ministério da Saúde, constituiriam casos de imoralidade intolerável, por colocar todos em risco de contágio, menos ele. Nada justifica os passeios de Bolsonaro. Com eles, seu recado é: "Estou a salvo, vocês que se danem".
Nicolau Dela Bandera (Dracena, SP)

Por que será?
Bradesco, Itaú e Santander, no enfrentamento da crise, tomaram a iniciativa de prorrogar por 60 dias todos os vencimentos "com a mesma taxa de juros". Com essa "contribuição" para o enfrentamento da crise, eles rolaram seus empréstimos, já avaliados como bons negócios, sem incorrer em custo de novas análises, mantendo as altas taxas anteriores, quando a Selic caiu e esperava-se que estas baixassem para que os bancos dessem sua contribuição à sociedade. Por que será que "todos culpam os bancos"?
Ivan da Costa Marques (Rio de Janeiro,RJ)


Cloroquina
Sempre ouvi dizer que quem não tem formação em medicina, ou pelo menos em farmácia, e se mete a recomendar medicamentos é charlatão. No caso das cloroquinas, o termo não se aplica a Bolsonaro e a muitos outros leigos que o seguem? Mudou o conceito?
Caetano Brugnaro (Piracicaba, SP)

O capitão tem o comportamento típico dos covardes. Se houver recessão, vai dizer que foi pelo isolamento social desnecessário. Se morrerem muitos pobres, dirá que não foram adotadas medidas de isolamento vertical.Se houver muito óbitos, será pela não utilização precoce cloroquina/hidroxicoloroquina (a fosfoetanolamina do momento). A questão é construir uma narrativa para justificar seu fracasso.
Adolfo Santos (Três Corações, MG)

Comprimidos de cloroquina - Saulo Angelo/Futura Press/Folhapress



Todos os pacientes graves estão recebendo alguma droga off label no Einstein, que ao mesmo tempo anuncia uma pesquisa científica não acadêmica ("Diretor do Einstein nega que hospital dê cloroquina no início da Covid-19 e diz que medicina virou BBB", Saúde, 10/4). Só uma correção, sob o ponto de vista aristotélico: a ciência não tem fins práticos, portanto trata-se de questão puramente técnica, não científica.
Marcelo Magalhães (Rio de Janeiro, RJ)


Orações
"Prefeito de Sarandi (RS) decreta sete dias de orações contra coronavírus" (Cotidiano, 10/4). A laicidade do Estado é letra morta na Constituição. Ninguém respeita. É um tal de "irmãos", "améns", "aleluias", "abençoados" e raios que os partam. Se fosse lá nos seus cantos, não haveria problema. Mas é nas casas públicas, Congresso, curralitos públicos. Está na hora de provocar a manifestação do STF. Ou bem se cumpra a Carta ou retire-se dela esse laissez-faire.
Weimar Donini (Florianópolis, SP)

O papa Francisco durante a Procissão da Via Crúcis, na Basílica de São Pedro, que está fechada ao público - DiaEsportivo

O que acrescentou?
Que desnecessário, presidente. Para quê? O que acrescentou na sua vida ou na do povo essa exposição neste momento ("Bolsonaro é alvo de gritos de apoio e panelaço e, sem cuidado, cumprimenta apoiadores em Brasília", Poder, 10/4)?
Maria Joselita Souza Ferreira (Araçoiaba da Serra, SP)

Bolsonaro cumprimenta apoiadores em Brasília - Reprodução/TV Globo


UTI do Einstein... Médicos, profissionais, equipamentos e os próprios pacientes não se enquadram nas características de pacientes do SUS. Mesmo os hospitais de referência têm limites. Santas Casas vivem à míngua. Haverá um número de mortos gritante para marcar a diferença. Fico só pensando no receio que os médicos têm devido aos efeitos colaterais.
Ignez Faria (Fartura, SP)


Kalil
A utilização de medicamento ainda em estudo pela ciência segue protocolo do Ministério da Saúde, e o dr. Kalil seguiu esse protocolo ("'Não sou garoto-propaganda de nada', diz Kalil, que usou outros remédios além de cloroquina", Saúde, 10/4). A pretensão do presidente Jair Bolsonaro de faturar politicamente com isso é um despropósito que revela a falta de noção mínima de suas funções. Ele opta pelo oportunismo politiqueiro em qualquer circunstância, mesmo na tragédia.
Tomas Correia (Jaru, RO)

Excelente entrevista. O médico está de parabéns pela postura e pelos esclarecimentos. Devem-se seguir os protocolos estabelecidos pelo ministério e evitar a politização dos tratamentos. Antes que me chamem de minion, abomino as ações do atual mandatário bem como certos direcionamentos da imprensa.
Marco A. Moreira (São Paulo, SP)


Amazonas
Emocionei-me com a situação da família dessa senhora ("Hospital referência de coronavírus do AM colapsou, diz funcionário de plantão", Cotidiano, 10/4). Triste demais. E fico ainda mais indignado em ver que muita gente está saindo de casa por conta desse néscio, um deslumbrado que incentiva a tragédia em nome de investidores. Até quando aturar esse esquizofrênico na Presidência?
Eder Cunha (Itiruçu, BA)


Fora, Bolsonaro
Surpresa. Parece que o PT tem mais bom senso em meio à atual crise que certos setores da comunicação, que, dia sim, outro também, fazem oposição acirrada e sistemática ao governo federal chefiado pelo presidente da República ("PT decide não aderir ao 'fora, Bolsonaro' em meio à pandemia do coronavírus", Poder, 9/4).
Orlando Ferreira Barbosa (Belo Horizonte, MG)

Quem votou no deputado Jair Bolsonaro? Fomos nós, do PT? Somos contra impedimentos, contra golpes. Somos pela institucionalidade da democracia. Ademais, o presidente Bolsonaro é perfeito para derreter de vez a direita, como fez Fernando Collor. O coronavírus está derretendo os arautos do Estado mínimo. Vamos fazer política sem golpes.
Luciene Pizoquero (São Paulo, SP)

Médicos, imprensa...
Para o governo, os médicos e a imprensa, só existem ricos e a classe média: "Lavem as mãos" (onde tem água?). "Isolem-se no quarto" (onde tem quarto?) Nem governos nem médicos nem imprensa falam às multidões, que nem água nem casa têm. Simplesmente ignorados, abandonados à própria sorte.
Luiz Dalpian (Santo André, SP)

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