Neurose
Magistral a análise psicanalítica da neurose coletiva que se abateu sobre o Brasil ("Os seres vociferantes estão entre nós", Tendências / Debates, 28/11), do psicanalista Mauro Mendes Dias: "O discurso da estupidez" a promover "a paixão da ignorância, da surdez e da cegueira", "o afeto do ódio aí está para ser reconhecido em sua potência de destruição", "do humano ao inseto". Pior é saber que no embate eleitoral de 2018 a democracia foi quem vociferou aos eleitores o que poderia acontecer.
Antônio Beethoven Cunha de Melo (São Paulo, SP)
Excelente o artigo sobre os seres vociferantes, que, com horror, vemos entre nós. Teremos uma chance, em 2022, de usar a nossa indignação para expulsar esses seres para o lugar de onde jamais deveriam ter saído.
Sylvia Loeb, psicanalista (São Paulo, SP)
2022
"Sergio Moro planeja viagem ao Nordeste, reduto de Lula" (Painel, 28/11). O nordestino saberá perceber que não dá para continuar as dinastias lulo-petista e bolsonarista. Ambos têm suas ditaduras de coração e só mesmo um democrata ético e corajoso pode ajudar o Brasil e o Nordeste a se livrarem de seus caciques de ocasião.
Carlos Eduardo Cunha (São Paulo, SP)
Moro vai lá divulgar seu projeto de excludente de ilicitude exclusivo para nordestinos?
E os outros candidatos, Folha? Olha com que tipo esse cara anda.
Ana Rodrigues (Vitória, ES)
Moro é o único candidato honesto, pois nunca foi político.
Luiz Roberto Rocha Teixeira (São Paulo, SP)
A campanha está só começando, mas que cobertura, hein? A cada passo de Moro, um texto e uma foto. Prodígio é Lula, que sem essas benesses está lá na frente.
Jane Medeiros (Rio de Janeiro, RJ)
"PT vê Bolsonaro mais fraco após entrada de Moro, mas ainda no 2º turno contra Lula" (Poder, 27/11). Esse tipo de "avaliação" não faz mais do que exprimir desejos. É óbvio que Lula quer Bolsonaro no segundo turno. É o melhor cenário para ele. Durante os últimos anos os petistas atacaram mais o centro do que Bolsonaro. Por quê? Para estar com Bolsonaro no segundo turno.
Hernandez Piras Batista (São Paulo, SP)
O Brasil precisa de um projeto virtuoso de longo prazo. Ciro Gomes parece ter um projeto que mereça ser testado, mas, ao mesmo tempo, seria muito esclarecedor um segundo turno entre Lula e Sergio Moro. Saberíamos o que realmente o brasileiro achou da Operação Lava Jato.
Marco Aurélio Pinheiro Lima (São Paulo, SP)
Pode ser que não aconteça, mas seria muito mais interessante para o Brasil uma disputa entre Sergio Moro e Ciro Gomes do que entre ultrapassados ex-presidentes.
Carlos Eduardo Cunha (São Paulo, SP)
Cotas
"Cotas aumentam chance de emprego, mas não garantem salário melhor" (Educação, 27/11). O importante é que por meio de cotas muitos ingressaram na universidade pública e finalizaram o curso. E provavelmente muitas dessas pessoas não teriam a chance de estudar em instituições privadas por causa do valor das mensalidades.
Elvira Xavier Gomes (Vitória, ES)
Talvez a pesquisa devesse perguntar por que cotistas recebem menos e investigar se não é porque são pretos. O que pesquisas e reportagens como essa deixam claro é que pretos na universidade ainda incomodam muito.
Nicolas Pelicioni de Oliveira (São José do Rio Preto, SP)
Língua
"Patrulha linguística é a pior inimiga de sua própria causa ao embarcar em fake news" (Ilustrada Ilustríssima, 28/11). Gostaria que o articulista Sérgio Rodrigues fizesse uma coluna sobre o uso do gênero neutro, que para mim também soa como algo imposto, não uma evolução natural e gradual da língua. Interessa-me muito a sua opinião como entendido que é do assunto.
Renata Moro (Curitiba, PR)
Temos que rejeitar a novilíngua do politicamente correto, que em geral é hipócrita e cientificamente falsa.
O autor está equivocado quanto à palavra mulato; ela não é pejorativa. Segundo o "Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa", a palavra tem origem árabe ("muwallad") e foi incorporada ao português com a expansão islâmica no ano de 711. Significa "misto" e designava os filhos dos árabes com brancos. A mula tem esse nome por ser um mestiço. Logo, mulato não deriva do animal.
Maurício Rios Caputo (São Paulo, SP)
Jornal Agora
O jornal Agora São Paulo era meu preferido das edições do aniversário da capital. Eu guardava todos os exemplares. E também de quando o futebol anunciava um campeão, como na edição deste domingo, quando vem um pôster gigante. Meu desejo é que a Folha crie um filhote para falar de esportes ou um cadernão Esportes Agora, pois ficou uma lacuna em todo o Brasil.
Rogério de Souza Pires (Umuarama, PR)
Quando fui obrigado a trocar o Agora São Paulo pela Folha, estranhei muito a linha da Folha. Enquanto no Agora havia reportagens que me traziam notícias, na Folha são poucas as reportagens. Mas há as opiniões dos jornalistas que desejam que os leitores acatem suas ideias, impedindo que os leitores tracem suas próprias linhas de pensamento. Notícias esportivas? Meia página. Muito pouco para os amantes do esporte.
João Pastina Neto (Pereiras, SP)
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