Leitor diz que país nunca esteve tão à mercê de tantos corruptos com poder

Interação da Folha traz opiniões de leitores sobre a violência no Brasil

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Alvo de investigação
Está ficando pornográfico ler notícias políticas ("Alcolumbre direciona obras suspeitas para empreiteira líder em contratos sob Bolsonaro", Política, 15/7). Nunca estivemos tão a mercê de corruptos com tanto poder para mudar leis permitindo que cada vez fique pior.
José Carlos Soares Costa (Curitiba, PR)

O senador Davi Alcolumbre e o presidente Jair Bolsonaro
O senador Davi Alcolumbre e o presidente Jair Bolsonaro - Pedro Ladeira - 18.fev.2020/Folhapress

Direita no poder: corrupção tornada lei, obras suspeitas, desemprego, extinção de aposentadorias, inflação sem controle, concentração de renda. A cereja do bolo é a fome que vem a galope. Depois querem implantar remédio para o mal que criaram, com PECs eleitoreiros.
Genival Barros (Sparks, EUA)


Minas e mineração
E a destruição só acaba quando não sobrar mais dinheiro para extrair ("Justiça autoriza mineração na Serra do Curral, em MG", Cotidiano, 15/7). Nem alimento, nem animais, nem ar, nem pessoas.
Flavia Fonseca (São Paulo, SP)

A Justiça em Minas Gerais derrubou decisão que proibia mineração em área da Serra do Curral, na região metropolitana de Belo Horizonte
A Justiça em Minas Gerais derrubou decisão que proibia mineração em área da Serra do Curral, na região metropolitana de Belo Horizonte - Glenda Souza/Prefeitura de Belo Horizonte

Isso é absurdo sem tamanho, e uma enorme distorção jurídica do juiz. O dano ambiental não se importa com má-fé, dolo ou culpa do causador, ele acontece do mesmo jeito. Os impactos serão irreversíveis.
Vinicius Barreto Pinho (Tijucas, SC)


Educação
Isso é o que o prof. Paulo Freire denominava de educação bancária, só que agora em "caixa eletrônico" ("Aposta em ensino a distância gera demissão em massa de professores universitários", Cotidiano, 15/7). Ou interrompemos esse processo deletério e desqualificado ou teremos frustração dos jovens mal formados e sem emprego, a precarização da atividade docente de maneira extremada, com graves consequências também sobre o futuro (e a quantidade) de docentes e a excessiva mercantilização da educação nacional.
Ricardo Vieiralves (Laranjeiras, RJ)


Cadê a mostarda?
Lá estão preocupados com a falta de mostarda ("Mostarda some de mercados na França, população se desespera e chef pede até sobras", Mundo, 15/7). Aqui faltam ossos e pele de frango para a população comer, mas ninguém parece muito preocupado.
Homero Feijó (São Paulo, SP)

"Mon Dieu" Que tragédia! Falando sério, logo vai faltar farinha pra baguete, uva pro vinho, manteiga pro "croissant". Estou falando de mudanças climáticas, eu li que uma grande vinícola francesa não produziu nenhuma uva o ano passado.
Marina Gutierrez (Sertãozinho, SP)


ASSUNTO - Qual a sua opinião, leitor, sobre o crescimento da violência política no Brasil?

A violência é fomentada pelo atual presidente e seus seguidores. Apoiam a liberação e o não rastreio de armas e munições. Nunca houve um governo após a ditadura que incentivou a agressão e facilitou a agressão às instituições democráticas como esse atual governo.
Andre Luiz Almeida (Maceió, AL)

A violência política constrói-se pela ausência de argumentos concretos sobre nossas carências históricas (fome, educação e desigualdade social). Os políticos atacam aos adversários só pela generalização de bandeiras e cores partidárias.
Bruno Scuissiatto (Ponta Grossa, PR)

É algo crítico porque o Brasil desde sempre convive com a violência. Na sua colonização, na sua ditadura e até na República, por meio da criminalidade, facções, milícias e polícia. O Brasil não tem, na essência, característica violenta. Mas o que já está na história volta quando líderes políticos estimulam a cultura de violência, machismo, racismo e homofobia. Governantes também fazem o mesmo pela canetada —isenção, negligência e institucionalização da violência, como na PM no RJ.
Camila Ramalho Rolim Martins (Itajaí, SC)

Estamos assistindo à barbárie. A polarização não é nova, por muitos anos foi PT x PSDB, e não víamos o que acontece agora. Nosso presidente estimula violência dia sim, dia não. Fake news, "fuzilar a petralhada", falar sobre medo irreal do comunismo, luta do bem contra o mal... Já vimos esses discursos na história. E qual foi o resultado?
Karina Akemi Issagawa (São Paulo, SP)

Como se vê nos eventos públicos recentes, o respeito à opinião,
principalmente política, é tarefa cada vez mais difícil. São tempos sombrios e antidemocráticos.
Pensar no futuro, agora, dá medo!
Bruna Ferreira de Assis (Jataí, GO)

O Código Penal do país dá autorização para matar, pois não pune crimes que acontecem todos os dias: assassinato, roubo, dirigir embriagado... Todos têm penas gentis. Faz anos que a população espera a reforma do Código Penal, mas o balcão de negócios no Congresso não chega a consenso. É só retirar os benefícios das leis, já resolvia e muito.
Roma Campos (Cajueiro, AL)

Violência sempre foi alta no Brasil. Vide os assassinos de Bruno Pereira e Dom Philips. Brasileiros têm menos respeito para leis, veja a catástrofe em Brumadinho, as motociatas sem capacete e os ataques
a instituições como TSE e STF.
Nils Erik Svensjö (Rio de Janeiro, RJ)

Todos estão com os ânimos exaltados, praticamente uma histeria coletiva. Os dois lados estão errados. Parecem tempos de humanidade primitiva onde se dizia: Se você não está comigo, é meu inimigo.
Marcos de Oliveira Julio (São Paulo, SP)

Há evidente interesse econômico no crescimento da violência no país. A verve política só uma das
facetas. Há quem ganhe com isso.
Américo Venâncio Lopes Machado Filho (Salvador, BA)

O crescimento da violência política no Brasil foi causado pela mídia, que continua na toada de normalizar aquilo que é inaceitável em país democrático, ou seja, discursos violentos e antidemocráticos!
Osvaldo Ferreira (Cachoeira, BA)

A morte de Marcelo Arruda mostra como o governo instiga o crime. Pelas cifras oficiais, só em 2021, o registro de novas armas alcançou quase 250 mil artefatos inscritos na Polícia Federal, aumento de mais de 300% em relação às 51 mil de 2018.
Fernando Marcelo de la Cuadra Arancibia (Fortaleza, CE)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.