Descrição de chapéu forças armadas

Leitores defendem discussão do papel das Forças Armadas no Brasil

Formação e custos também devem ser reavaliados

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Fotografia colorida em close de fileiras de soldados fardados e armados

Militares posicionados durante solenidade alusiva ao Dia do Soldado, na Concha Acústica do Exército, em Brasília, com a presença do então presidente Jair Bolsonaro Gabriela Biló - 25.ago.22/Folhapress

Nesta semana, a Folha perguntou aos leitores se o papel das Forças Armadas no Brasil deveria ser rediscutido. Confira a seguir algumas respostas.

Sim, e logo. As Forças Armadas estão contaminadas por uma ideologia forjada na Guerra Fria e não aceitam fatos importantes sobre o seu papel na história do Brasil. Também mostraram, ao longo de décadas, que seus serviços são pouco relevantes para o processo de desenvolvimento do país. Têm um gasto astronômico para quase nenhum serviço prestado ao país. Deveriam ter seu contingente diminuído, ser profissionalizadas e estar totalmente sujeitas ao poder civil. O artigo 142 da Constituição deve ser modificado, retirando o papel de "garantia dos poderes constitucionais".
Silvio Mendes Zancheti (Pernambuco)

Sim, pois elas servem ao país e não a um grupo político; estão subordinadas ao Executivo e não são de forma alguma um "poder moderador".
Isabel Rekowsky (Porto Alegre, RS)

Acredito que não; o único detalhe a ser corrigido é a proibição de militares da ativa ou da reserva participarem de cargos no governo ou se candidatarem. Caso algum militar queira seguir a carreira política, deve optar por abandonar a carreira militar e fazê-lo como civil.
Marcello Firmino da Silva (Orizona, GO)

No Brasil, não há lugar para tantos militares sem função. Portanto, deveriam reduzir ao máximo o número de oficiais e praças, sem mordomias aos primeiros. A defesa de fronteiras pode ser realizada por órgãos competentes. Chega de jogar dinheiro no ralo.
Marisa Oliveira (Pato Branco, PR)

Sim, a começar pela extinção da Justiça Militar. A função das Forças Armadas já está bem definida legalmente, mas crimes cometidos pelos seus integrantes têm de ser apurados pelo sistema judiciário nacional, como ocorre para todos os outros cidadãos brasileiros.
George Magalhães (São Paulo, SP)

Sim, pois vemos nossas forças mais preocupadas com inimigos internos (e imaginários) do que externos (que os nossos diplomatas mantêm longe). Talvez seja a burocracia de Estado mais cara da nossa nação, então é necessário fazer uma readequação tanto dos seus quadros quanto de seus custos.
Alexander Pereira da Silva (Brasília, DF)

Sim, o papel das Forças Armadas tem que ser rediscutido no sentido de tornarem mais profissionais, com a atualização de cursos e da formação em academias militares.
Rodrigo Marinho da Silva (Cuiabá, MT)

Sim, não quanto a seu papel, mas na forma com que os militares atuam. Deveria ser proibida a participação no Executivo, a não ser no comando militar, e exigida a necessidade de exoneração antecipada para participar como candidato ao processo eleitoral.
Olavo Antonio Teixeira (São Paulo, SP)

Sim. Não é atribuição dos militares a atividade política. O papel das Forças Armadas no Brasil deve ser rediscutido inclusive na elaboração de currículos dentro de escolas e academias responsáveis pela formação de oficiais.
Daniel Cireno de Lacerda (Aracaju, SE)

Em 1949, em plena Guerra Fria e numa região conflagrada, a Costa Rica, a partir da constatação da impossibilidade de ter saúde, educação, infraestrutura e segurança com os gastos de manutenção das Forças Armadas, inseriu como cláusula pétrea em sua Constituição o fim das Forças Armadas. E oferta hoje ao seu povo uma das melhores qualidades de vida do planeta. Até 3 ou 4 anos atrás, era a única nação sem forças, quando a Islândia seguiu pelo mesmo caminho.
Rafael Sarnelli Lopes (Rio de Janeiro, RJ)

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