Ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga passa a escrever coluna na Folha

Economista abordará temas como desigualdade social e de renda no Brasil

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São Paulo

O economista Arminio Fraga Neto, 61, estreia neste domingo (28) como novo colunista do caderno Poder da Folha.

Ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e sócio-fundador da Gávea Investimentos, ele passa a escrever para o jornal sempre no último domingo de cada mês. Sua coluna será publicada na contracapa de Poder.

O economista Arminio Fraga durante evento em São Paulo
O economista Arminio Fraga durante evento em São Paulo - Zanone Fraissat - 18.abr.2018/Folhapress

Um dos temas que mais tem atraído a atenção do economista é a desigualdade social e de renda no Brasil, assunto sobre o qual pretende escrever com frequência na Folha.

Fraga vem realizando uma série de pesquisas sobre o tema com o objetivo de chegar a um diagnóstico mais aprofundado e sugerir propostas que minimizem o problema.

O economista aponta a desigualdade brasileira como um dos grandes obstáculos para que o país avance economicamente. 

Ele defende tanto a reforma da Previdência quanto uma reformulação do Estado para combater as disparidades de renda.

"A presença da desigualdade é natural. Não se deve imaginar coibi-la em 100%. Mas, no Brasil, ela é uma espécie de veneno", diz o economista.

Entre as causas da desigualdade no país, afirma, estariam o passado escravocrata, a falta de foco na educação, o patrimonialismo de Estado, a baixa concorrência entre empresas e a existência de instituições "excludentes", que favorecem grupos de interesse.

Arminio Fraga Neto nasceu no Rio de Janeiro e graduou-se em economia na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), onde também fez seu mestrado. Em 1985, concluiu doutorado pela Universidade de Princeton, nos EUA.

Além de ter lecionado em universidades no Brasil e nos EUA, trabalhou em instituições financeiras nos dois países durante vários anos —de 1993 a 1999, por exemplo, foi diretor-gerente do Soros Fund Management, empresa do megainvestidor George Soros.

Foi presidente do Banco Central de 1999 a 2002, no segundo governo FHC.

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