A uma passarela de distância do parque Ibirapuera, o MAC USP (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo) é impecável.
Instalado em prédio projetado por Oscar Niemeyer, está sempre tinindo de limpo, tem estacionamento gratuito —assim como a entrada—, funcionários atenciosos e exposições que valem a visita. No momento está em cartaz "Os Desígnios da Arte Contemporânea no Brasil", seleção de obras de nove artistas nacionais.
Ocupando o sexto e o sétimo andares do prédio onde já funcionou o Detran está a coletiva "Visões da Arte no Acervo do MAC USP 1900-2000", com as 160 obras consideradas mais expressivas da coleção do museu.
Uma questão: onde estão os visitantes? O MAC USP está invariavelmente vazio. Nada de estudantes (cadê os alunos da USP?), de grupos, de turistas. O que pode soar como privilégio –visitar um museu sem intervenção externa, ficar diante de uma obra o tempo que quiser, sem pressão–, resulta numa sensação de tristeza de pensar que o local tinha muito mais movimento enquanto Detran, um lugar de burocracia e chateação, do que como museu, lugar de prazer e contemplação. No último andar, o solar do prédio tem vista linda e florida de São Paulo.
Por tudo isso, seria mais compatível para o visitante disputar espaço com outros interessados do que caminhar sozinho pelas salas vazias. Com mais gente, caberia ali um café, uma lojinha, e, quem sabe, até concluir o projeto da reforma, também de Niemeyer, que previa transformar a área ao redor em um grande parque.
MAC USP - Av. Pedro Álvares Cabral, 1.301, Parque Ibirapuera, tel. 2648-0254. Ter.: 10h às 21h. Qua. a dom.: 10h às 18h.
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