Rock e rap se misturam a roupas e cabelos black e fazem da Galeria do Rock a 'meca' da diversidade
No entra e sai de uma galera majoritariamente jovem e com estilo, uma lojinha no segundo andar guarda, entre tantas preciosidades, um disco raro: o primeiro LP do baiano Tom Zé, "Grande Liquidação", gravado em 1968.
Estamos no coração do centro histórico de São Paulo, bem em frente à igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no largo do Paissandu.
A Galeria do Rock é um símbolo da cidade. Surgiu em 1963 como um minishopping da elite, com roupas, chapéus e produtos importados.
Virou point de roqueiros nos anos 1980 e, com a queda da indústria fonográfica, assistiu à debandada das lojas de disco. Poucos ali restaram. A miscelânea de roupas, tênis, tatuagem e piercing dão o tom.
A galeria manteve uma loja que sintetiza aquela herança dos tempos do vinil. É a Baratos Afins. O acervo possui cerca de 100 mil títulos entre vinil e CD, dos mais diversos estilos. "Só de música latina temos 200 álbuns", gaba-se Luiz Calanca, 64, proprietário da loja que também é gravadora.
Nos fins de semana, 35 mil pessoas chegam a cruzar os quatro andares, com suas 450 lojas. Há tempos engavetado, um museu do rock está nos planos.
No quinto andar, há uma horta orgânica, onde ocorrem oficinas e cursos, com preços que variam de R$ 30 a R$ 100.
galeriadorock.com.br. Av. São João, 439, Centro, região central, tel. 3337-2361. Seg. a sex.: 8h30 às 19h30. Sáb.: 8h30 às 18h
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