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Motoqueiros matam 7 em menos de 20 h no Guarujá

Crimes ocorreram poucas horas após atentado contra dois PMs no litoral

Delegado tem 2 linhas de investigação: ações de grupo de extermínio formado por policiais ou briga entre bandidos

ROGÉRIO PAGNAN

ENVIADO ESPECIAL AO GUARUJÁ

JOSMAR JOZINO

DO “AGORA”

AFONSO BENITES

DE SÃO PAULO

Em menos de 20 horas, sete pessoas foram assassinadas na periferia do Guarujá em um trajeto de oito quilômetros. Segundo testemunhas, todos os crimes foram cometidos por dois homens, que estavam em uma moto.

A série de assassinatos ocorreu na quinta-feira poucas horas após a morte de um policial militar em São Vicente e um atentado contra outro PM no Guarujá.

O total de mortos é maior do que os casos registrados em agosto, quando foram mortas quatro pessoas.

Das 7 pessoas assassinadas anteontem, 4 já tinham passagem pela polícia por crimes como roubo e tráfico.

O delegado Josias Teixeira de Souza, do 2º DP da cidade, admite que as duas principais linhas de investigação são: as vítimas foram alvo de grupos de extermínio formado por policiais ou uma briga entre criminosos. Diz, porém, que só após o fim das apurações será possível saber o real motivo das mortes.

CRIMES

Os assassinatos começaram por volta de 1h e terminaram às 21h de anteontem. Antes, na tarde de quarta-feira, o soldado Fábio Passos de Sá foi morto em São Vicente quando estava de folga em frente a uma escola.

Na noite do mesmo dia, o soldado Thiago Silva de Araújo, 27, foi vítima de um atentado quando chegava em casa no Guarujá. Os suspeitos de atirar contra ele foram presos minutos depois do crime.

Segundo a Polícia Civil, parte das vítimas de anteontem estava em pontos de vendas de drogas na região de Vicente de Carvalho.

Entre as vítimas estão um tio e um sobrinho, mortos em momentos diferentes, em um intervalo de quatro horas.

O portuário Cláudio Vieira dos Santos Silva, 45, foi ao 2º DP para registrar queixa do assassinato do irmão dele, Maurílio dos Santos Silva, 29, morto às 17h. Quando voltava para casa, por volta das 21h, soube que o filho dele, Cláudio Júnior, 18, também tinha sido morto a tiros.

"Essa situação está muito estranha. Pelo menos sete pessoas mortas do mesmo modo, na mesma região? É difícil explicar o que ocorreu. Existem muitos comentários, mas prefiro aguardar as investigações", afirmou Silva.

Os assassinos, segundo testemunhas, usavam roupas escuras e capacetes. Nos locais dos crimes, foram achadas cápsulas de armas calibre 45 e.40, ambas de uso restrito de forças de segurança.

Colaborou ANDRÉ CARAMANTE


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