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26/01/2008 - 02h30

São Paulo, motos, vice-presidente, Gaza, Lula, Carnaval

da Folha Online

Movimento Nossa São Paulo

"Parabenizo o sr. Oded Grajew pela aula de boas práticas de gestão que nos ofereceu em seu artigo 'Observatório para nossa São Paulo' ('Tendências/Debates', 23/1). Não há outra forma de avaliar o desempenho de uma organização, seja ela privada, pública ou sem fins lucrativos, que não seja por meio de metas e indicadores, abordagem que o setor público brasileiro parece absolutamente incapaz de compreender. Se tivesse humildade, poderia aprender com o Movimento Nossa São Paulo e com o governo francês, que acaba de implantar um sistema de avaliação ministerial --já comentado por Clóvis Rossi ( Opinião, 5/1)-- nestes mesmos moldes."

MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)

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Corredor de motos

"Muito se tem falado acerca da definição de medidas a serem adotadas visando maior segurança dos motociclistas e da população. Decerto, através de uma política consistente, duradoura e objetiva, poderemos melhorar muito a segurança no trânsito. Contudo ações de momento, sem continuidade, irão somente amenizar, temporariamente, os problemas. O que precisamos são de políticas públicas focadas no problema, que englobem todos os aspectos atinentes à circulação das motocicletas. Em especial me chama a atenção o problema das emissões de poluentes por parte desses veículos. Estes devem ser incluídos na inspeção veicular o mais rapidamente possível, bem como devemos criar regras para que a produção de motos contemple a presença de catalisadores ou equipamentos que reduzam as emissões, já que as motocicletas representam, se não me engano, 11% da frota da capital, e são responsáveis por 13% das emissões de poluentes. Não entendo como, numa cidade como São Paulo, ainda não temos regras claras e rígidas que visem uma melhor qualidade de vida, no que diz respeito à qualidade do ar."

ALEX LEON ADES (São Paulo, SP)

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"A idéia que o prefeito Kassab teve de proibir a circulação de motos em alguma região da cidade talvez seja muito radical, mas o caminho é este. É preciso que o prefeito tenha o mesmo empenho com os motoboys como teve no Cidade Limpa. Também a proibição de garupa é outro assunto que precisa voltar à tona. Não dá mais para conviver com este caos no trânsito, onde a maioria dos motoboys andam nas ruas como se fossem o dono delas."

RICARDO L. CARMO (São Paulo, SP)

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José Alencar

"Muito humano o artigo de Carlos Heitor Cony ( Opinião, 24/1). Ainda bem que José Alencar não é vice-homem e nem vice-Lula. Pelo contrário: ele tem as suas idéias próprias, que nem sempre batem com as do chefe tão mudado, e sempre que possível resmunga e bufa, principalmente sobre os juros altos e a política econômica.
Que o vice José Alencar vença, com o seu costumeiro sorriso mineiro e mais: fé, tranqüilidade e confiança, essa dura batalha contra uma doença que é tão incurável quanto à corrupção política em nosso país. Esta sim, uma infestação patológica sem cura que consome duramente todas as resistências de esperança do povo brasileiro."

WILSON GONSALEZ (Garça, SP)

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Gaza

"A situação em Gaza é mesmo dramática, mas o que muitos esquecem --ou fingem esquecer-- é que o território continua sendo usado dezenas de vezes todos os dias como base de lançamento de foguetes contra cidade israelenses. E, ainda por cima, já não se pode mais usar a ocupação do território como justificativa para atividades terroristas. Desde agosto de 2005, Israel retirou, unilateralmente, toda a sua presença militar e suas colônias da região. Só não se pode dizer que não há mais israelenses em Gaza, porque o soldado Gilat Shalit lá permanece seqüestrado há quase dois anos, como refém da maior autoridade do território, o grupo terrorista Hamas."

EDUARDO GABOR (São Paulo, SP)

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Lula

"Lula está no lugar errado. Ele foi colocado numa função para a qual não tinha o menor preparo e acaba, por isso, fazendo declarações estapafúrdias, como as muitas que andou fazendo a respeito da atual crise da economia americana, crise que ele garantiu que não afetaria o Brasil.
Felizmente, membro do mesmo governo, o presidente do Banco Central, que está num cargo para o qual estava completamente preparado, ao contrário de Lula, declarou que o nosso país, apesar de estar numa situação inédita para enfrentar a crise, não está imune a ela. Declaração cautelosa e adequada para quem tem a responsabilidade de fazê-la.
Tenho que concordar com o Elio Gaspari, que disse que Lula é apenas um animador de auditório. Esse é o lugar certo para ele."

RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

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Farinha do mesmo saco

"Em 'Tendências/Debates' de 24/1 o senhor Eduardo Graeff diz que o petismo contratou Marcos Valério em 2002 e cita as possíveis tramóias que são esperadas de Lula para favorecer a Telemar.
Fala com conhecimento de causa: afinal, foi o tucanato mineiro quem criou o monstro Marcos Valério em 1998 e, no caso da telefonia, vale lembrar a expressão criada pelo brilhante Elio Gaspari para se referir à privatização das teles no reinado do tucanato: privataria. Para quem tem memória é fácil lembrar-se de um grampo telefônico que mostrou o favorecimento a um dos dos grupos concorrentes.
Mas é aqui que ele explicita a razão de seu artigo: 'É muito arriscado fazer investimentos de longo prazo nessa base se pessoas e partidos no governo mudam a cada quatro ou oito anos'. Ele está contrariado porque os apaniguados do tucanato poderão ceder a boca rica aos apadrinhados do petismo.
Todos farinha do mesmo saco, enfim."

ALFREDO SPÍNOLA DE MELLO NETO (São Paulo, SP)

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Carnaval e sexo

"Quero parabenizar e apoiar a Secretaria de Saúde do Recife Tereza Campos Neta pela iniciativa de distribuir contracepção de emergência e preservativos durante o carnaval.
A Secretaria, pela notícia veiculada na Folha em 24/1, fará a distribuição da contracepção de emergência em dois postos de saúde com médicos de plantão que atenderão as mulheres. Portanto, fará isso de forma responsável, com as informações e cuidados que este tipo de anticoncepcional requer.
Não posso deixar, no entanto, de expressar minha indignação pela atitude da Igreja Católica local, que ameaça entrar na Justiça para impedir a garantia dos direitos sexuais e direitos reprodutivos.
Ora, vivemos numa sociedade cujo Estado há muito se separou da Igreja e reafirmou sua laicidade perante o Sumo Pontífice, quando da sua última visita ao Brasil. Nosso país conta com a competência das pessoas e instituições, que integram o setor da saúde, para promover políticas cabíveis na área de saúde sexual e reprodutiva.
A Igreja, o muito que pode fazer é prescrever suas restrições aos seus fiéis --que em geral não obedecem-- e deixar que o Estado cumpra a sua função que é garantir a saúde a todas as pessoas, sem quaisquer restrições."

DULCELINA VASCONCELOS XAVIER, secretária executiva das Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro (São Paulo, SP)

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Cotas

"Fiquei com a mensagem do leitor Rubens Paes ('Painel do Leitor', 24/1) na cabeça: 'Não consigo compreender por que, num vestibular, um branco pobre não pode concorrer com um negro no mesmo nível de igualdade. Onde está a igualdade garantida pela Constituição Federal?'. Passei o dia procurando a tal da igualdade garantida pela Constituição Federal. Procurei nas ruas de São Paulo. Procurei nas notícias do jornal. Procurei por toda a parte. Por óbvio, não a encontrei. Ora! Se os filhos de mães negras têm índice de mortalidade infantil 37% maior do que os filhos de mães brancas, me pergunto: onde está a igualdade de concorrer à vida?
A igualdade entre todos os cidadãos brasileiros, meu caro Rubens, ainda não existe. Somos nós que vamos construí-la e, para isso, é fundamental, dentre outros aspectos, que negros, brancos, pardos, índios, orientais, tenham acesso à educação superior de qualidade. Temos que a igualdade não advém, necessariamente, de tratarmos a todos da mesma forma, e que, por vezes, há que se tratar desigualmente os desiguais, para que haja igualdade. Diante disso, me parece evidente que, no atual cenário de desigualdade sócio-econômica e de desigualdade no acesso a um ensino fundamental e médio de qualidade, a igualdade na competição por uma vaga no ensino superior depende de políticas afirmativas. Do contrário, quantos séculos mais devemos esperar para que a igualdade caia do céu?"

MARIANA BARBOSA (São Paulo, SP)

*

"O leitor Rubens Paes diz que não entende como 'um branco pobre não pode concorrer com um negro no mesmo nível de igualdade'.
Oras! Basta ele passear pelos subúrbios das grandes cidades do país que, talvez, possa começar a compreender o motivo do estabelecimento de cotas para o acesso ao ensino superior. Se isso não bastar, o leitor poderia freqüentar uma sala de aula da USP, no período noturno é claro, e verificar o pequeno número de alunos negros em cursos da área de humanas. A desigualdade é desumana e cruel."

PAULO EDUARDO ALVES CAMARGO CRUZ (São Paulo, SP)

 
 

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