Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
20/04/2010 - 02h30

Igreja, Luziânia, pichadores, coleção MPB, eleições, saúde

da Reportagem Local

Igreja

"Dizer que Bento 16 não tem o mesmo carisma de seu antecessor, João Paulo 2º, é chover no molhado ('Crise expõe paradoxo do papado de Bento 16', Mundo, 19/4).
No entanto, os problemas da Igreja Católica Apostólica Romana tem atravessado os séculos envoltos em densas cortinas de fumaça, que, agora, com a globalização das comunicações se desfaz. Alguns desses problemas (não todos) se resolveriam com o fim do celibato aos sacerdotes."

MÁRCIO ASSAD (Lapa, PR)

*

"A crise atual do catolicismo, representada pela Igreja Católica, da qual o cristianismo iniciou-se no primeiro século d.C. em Jerusalém, sendo uma religião monoteísta baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo, não é exagero.
Ao longo da sua história, os cristãos tem se dividido por disputas teológicas que resultam --ou resultaram-- em muitas igrejas distintas. Poderíamos chamar isso de briga por território, tanto das crenças alternativas quanto do próprio catolicismo, influenciados pelo capitalismo selvagem, ou quem sabe a oportunidade lucrativa da fé.
A catequização, que nada mais é do que o rito para a iniciação cristã, uma instrução religiosa, hoje é somente algo secundário. Os maiores ramos do cristianismo são a Igreja Católica, a Igreja Ortodoxa Oriental e as igrejas protestantes. A história da Igreja Católica cobre um período de aproximadamente 2.000 anos, e relata os eventos de uma das mais antigas instituições religiosas em atividade, influindo no mundo em aspectos espirituais, religiosos, morais, políticos e socioculturais.
Dizem que a Igreja Católica acredita que ela 'está na História', mas ao mesmo tempo transcende. Dizem também que, com os olhos da fé, esta pode enxergar em sua realidade visível, ao mesmo tempo, uma realidade espiritual, portadora de vida divina. Imaginemos quantas pessoas se autopenitenciaram em nome da fé. Da mesma fé de papas, padres, bispos e sacerdotes, 'homens escolhidos por Deus' para oferecer sacrifícios pelos próprios pecados e pecados do povo, mas que, infelizmente, escondem casos horripilantes de pedofilia, de desvio de conduta e caráter, conforme notícias divulgadas pela imprensa mundial.
As acusações contra as igrejas católicas fazem-nos pensar; quanto o dogmatismo extremamente religioso de quem sobrevive disso, deverá estar sempre sob suspeita. Ainda tem muita sujeira por trás do fanatismo fanfarólico dos que tanto pregam a palavra de Deus."

JOÃO SILVINO (Guarujá, SP)

-

Luziânia

"Em carta enviada ao 'Painel do Leitor', a leitora Neli Aparecida de Faria diz que não se pode responsabilizar o juiz que soltou o psicopata de Luziânia pelos crimes cometidos, pois, afinal, trata-se de um juiz de primeira instância, que se limitou a cumprir o que está escrito na lei e que, de qualquer forma, as instâncias superiores da Justiça terminariam por soltá-lo. Os verdadeiros culpados seriam os três Poderes da República.
De fato, como disse um jurista de grande visão, o Brasil é um 'manicômio judiciário'. Insensíveis ao sofrimento desnecessário que isso acarreta, e ao nefasto resultado da impunidade, nenhum dos três Poderes dá sequer sinais de que virá a fazer o que é preciso para mudar essa situação. E mais: a população não considera o apagão judiciário brasileiro uma questão central, a ponto de exigir providências cabais, como aconteceu com a libertação dos escravos, a democratização e a inflação.
Isso não significa que na esfera de atuação de cada um, conforme disse em minha carta publicada no domingo e considerada 'equivocada' pela leitora, aqueles que são encarregados de tomar decisões que podem afetar de forma trágica --como no caso-- a vida de tantas pessoas, não podem se eximir por serem 'de primeira instância' ou porque não vale a pena realizar um trabalho bem feito, se mais à frente alguém terminará fazendo o estrago. Isso, em qualquer circunstância, não é um trabalho de primeira. É de quinta."

CARLOS FIGUEIREDO (São Paulo, SP)

*

"Os acontecimentos na cidade de Luziânia ('Estuprador de Luziânia é achado morto na cadeia', Cotidiano, 19/4) revelam o descaso do Estado brasileiro. Não há cadastro nacional de presos. Havia mandado de prisão, com falha no pré-nome, e o laudo técnico foi superficial, Portanto, a decisão do juiz não poderia prever, obviamente, todas as anomalias. E era mesmo previsível que o preso fosse ceifado na cadeia, pois a gravidade dos crimes estava a revelar uma personalidade psicopata.
Este é o retrato do Estado brasileiro, que pretende dar ares de grande nação, mas se permite espetáculo de má-criação para com a sociedade."

CARLOS HENRIQUE ABRAO (São Paulo, SP)

-

Pichadores

"A agressão contra um patrimônio público ou privado, a pichação, não deixa de ser --conforme salientou Fernando de Barros e Silva ('O 'x' da questão', Opinião, 19/4)-- a maneira de protestar contra um Estado inoperante e ineficaz, que coloca estes pichadores à margem de quase tudo."

MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

-

Coleção MPB

"Parabenizo a Folha pelo lançamento da coleção 'Raízes da Música Popular Brasileira', sendo que gostei muito dos CDs do Cartola e do Ataulfo Alves . As interpretações são excelentes, geralmente da época em que foram lançadas, e cantadas pelos grandes artistas, tais como Orlando Silva, Francisco Alves, Elizeth Cardoso.
O CD do Ataulfo Alves contém grandes interpretações do Miltinho, Ciro Monteiro, Elizeth Cardoso, do próprio Ataulfo e do Roberto Silva, que foi focalizado em reportagem do último domingo (''Príncipe do samba' completa 90 anos' ''Príncipe do samba' completa 90 anos', Ilustrada, 18/4).
São raridades, que não se encontram nas lojas de discos. É uma oportunidade de se escutar a voz dos grandes intérpretes da era de ouro da Rádio Nacional. Orlando Silva teve tanto prestígio quanto Roberto Carlos nos dias atuais; era conhecido como 'O cantor das multidões' --e Francisco Alves, como 'O rei da voz'.
Achei bom o CD do Lupicinio Rodrigues, especialmente pelas músicas interpretadas por Paulinho da Viola, Orlando Silva, Francisco Alves, Nelson Gonçalves e a sensacional 'Vingança', magistralmente interpretada por Linda Batista, grande sucesso do início da década de 50.
Como observação construtiva, senti falta de música cantada pelo Jamelão, que foi o maior intérprete do Lupicinio, e da música 'Felicidade', recentemente gravada por Caetano Veloso, a qual teve muito sucesso."

FRANCISCO CELSO CHAVES E SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

-

Eleições

"As emissoras de televisão já estão tratando das agendas para organização dos debates. Nos moldes em que eles sempre foram montados, e que provavelmente se repetirão, muito pouco ou nada acrescentarão para o eleitorado se posicionar em relação aquele candidato que melhor se identifica com o seu pensamento. É preciso mudanças que deixem para trás esse modelo.
Na Inglaterra, que também está em processo eleitoral, está sendo usado um modelo que bem poderia ser 'imitado' e adaptado por aqui. São os debates temáticos, onde o primeiro tratou do assunto política interna.
Apenas como sugestão, alguns temas para o nosso país: educação, saúde, segurança e política econômica. As bancas de debatedores deveriam ser formadas convidando-se autoridades de reconhecido saber em cada área para análise e formulação de perguntas. Nada de candidato perguntar para candidato ou leigos em assuntos técnicos fazerem este papel. Os partidos políticos e o Tribunal Superior Eleitoral poderiam organizar a agenda e a cadeia de emissoras, que transmitiriam concomitantemente esses eventos.
Ainda há tempo para pensar na proposta. Será que interessa aos partidos, candidatos e emissoras de TV?"

JOSÉ ROBERTO TAMBURÚS (Ribeirão Preto, SP)

-

Saúde

"A falta de espaço físico (hospitais e ambulatórios) e de médicos é responsável por esperas desumanas no atendimento à população. Tratamento desumano e inqualificável, que resulta da incompetência de gestores públicos.
É inadmissível que cidades não consigam prestar atendimento médico à sua população. Hospitais e escolas com capacidade correspondente ao número de habitantes é o mínimo que se espera de uma cidade. Administradores incompetentes e políticos demagogos transformam-se, todos os dias, em criminosos impunes, perdidos na fantasia abstrata de um Estado que não cobra responsabilidades.
Nenhum município mais, ou Estado, devem ser criados sem prover atendimento hospitalar e educacional suficientes à sua população.
Não necessitamos de mais vereadores e deputados. Não necessitamos de mais políticos e, sobretudo, não necessitamos desses demagogos! Necessitamos e merecemos sim de tratamento digno a todo cidadão brasileiro, independentemente de qualquer juízo preconceituoso de classe, renda, raça ou o que quer que seja, assim como determina nossa Constituição."

JULIO CÉSAR CALDAS ALVIM DE OLIVEIRA (Curitiba, PR)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página