Ex-gerente da Previ diz que confirma "fábrica de dossiês" à Procuradoria
O ex-gerente-executivo da Previ (de 2003 a 2007) Gerardo Xavier Santiago afirma que está à disposição da Procuradoria da República para relatar que o fundo de funcionários do Banco do Brasil funcionou como uma "fábrica de dossiês" contra adversários do PT. Ele afirma ter documentos para provar.
A Procuradoria da República no Rio diz que deve abrir investigação a partir da acusação de Santiago, feita em reportagem da revista "Veja" desta semana.
Ele afirmou à revista que o fundo é "um bunker" de petistas e "está a serviço de um determinado grupo muito poderoso, comandado por Ricardo Berzoini [ex-presidente do PT], Sérgio Rosa [à frente do fundo até este ano] Luiz Gushiken [ex-ministro de Lula] e João Vaccari Neto [tesoureiro do PT]".
"Não cometi nenhuma ilegalidade. Cumpria determinação da diretoria [da Previ]. É um problema político,ético e moral. Não penal", afirmou Santiago à Folha.
Ex-militante petista que deixou a legenda há três anos, Santiago afirmou que a Previ quebrou sigilo de negócios que pudessem envolver adversários do PT. "Diziam que os fins justificam os meios", afirmou.
Procurado, Rosa disse que não comentaria as acusações feitas pelo seu ex-assessor.
Conforme a Procuradoria, o teor das declarações vai ser analisado por uma equipe de técnicos. Se houver, por exemplo, indícios de crime contra o patrimônio da Previ, sediada no Rio, será aberto procedimento para apurar o caso.
A atual diretoria da Previ afirma que "a cúpula desconhece essa [suposta] prática [de fazer dossiês] e está muito tranquila em relação a suas recentes práticas de governança".
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