Nem que fosse planejada a 29ª rodada do Campeonato Brasileiro reservaria dois jogos tão importantes como os deste domingo (14), em São Paulo e em Porto Alegre. O primeiro colocado contra o quinto e o terceiro contra o quarto.
No Pacaembu, o líder Palmeiras recebe o Grêmio, no clássico que reúne 107 pontos, 56 do Alviverde, 51 do Imortal. O Grêmio com ausências graves: o goleiro Marcelo Grohe, o zagueiro Kannemann, o meio-campista Ramiro e o melhor jogador atuando no Brasil hoje em dia, o atacante Everton.
Pior para os gremistas porque uma derrota praticamente os afastará da luta pelo título, pois aumentará para oito pontos a distância do líder ao faltarem nove rodadas para o fim do campeonato. Seja como for, o Pacaembu deve viver uma grande tarde, mesmo sem as duas forças máximas do time mais competitivo do país contra o de futebol mais agradável.
Dava tudo para saber, sem respostas ensaiadas, como ficam a cabeça e o coração de Felipão numa hora dessas. Ídolo das duas torcidas, campeão da Libertadores pelo Grêmio, em 1995, e pelo Palmeiras, em 1999, deve ser complicado viver emoções tão conflitantes.
Ele dirá, entre um suspiro e outro, uma careta e outra, que é profissional e casca dura. Também o Beira-Rio tem tudo para ser palco de um jogo, se não tecnicamente brilhante, ao menos, emocionante. Porque tanto o Colorado quanto o Tricolor, 105 pontos em jogo, 53 e 52, estão vivendo o chamado momento de viés de baixa, como se sem fôlego para enfrentar a reta final do torneio.
A vitória para qualquer dos lados, mais ainda para o São Paulo, assumirá ares de ressurreição. Para o Inter é quase obrigação, ao passo que para o visitante o empate será bom resultado. O problema está na provável vitória do Palmeiras.
O empate no Rio Grande do Sul afastaria perigosamente ambos os times na perseguição ao líder, ao deixar o Inter a cinco pontos e o São Paulo a seis. Do lado paulistano a certeza da ausência, mais uma vez, do seu melhor jogador, o atacante Everton, que tinha tudo para disputar com o xará gremista o protagonismo principal neste Brasileiro, mas, a exemplo de sua passagem pelo Flamengo, não suporta uma temporada sem muitas lesões.
Nunca será demais lembrar que Inter e São Paulo decidiram a Libertadores de 2006, vitória colorada no Morumbi, por 2 a 1, e empate em 2 a 2 no Beira-Rio. Ou seja, tem história.
Chorar em Riad
“A Arábia Saudita é uma equipe móvel, de qualidade de passe, não é uma equipe estática, pragmática, isso gera um grau de dificuldade maior. Ela rompe linhas, ataca espaço, não é uma equipe pesada. É uma característica diferente, à qual teremos de nos adaptar.
Ela me dá oportunidades de conhecer atletas diferentes, com estruturas táticas às vezes diferentes”, Tite antecipou na véspera do jogo contra a seleção em 71º lugar no ranking da Fifa. Na Copa russa, os árabes levaram de cinco dos donos da casa, só de um do Uruguai e venceram o Egito de Salah por 3 a 1.
Contra o Brasil, os sauditas quiseram mostrar que o técnico não estava brincando, tamanha a dificuldade encontrada por seu time, limitado a dois golzinhos nos fins de cada tempo. Calor, baixa umidade em Riad ou constrangedor mau futebol mesmo? Terça-feira (16) tem Brasil x Argentina. Que tenha futebol. Por Alá!
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