Luciana Coelho

Secretária-assistente de Redação, foi editora do Núcleo de Cidades, correspondente em Nova York, Genebra e Washington e editora de Mundo.

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Luciana Coelho

Melhores de 2018 incluem bandida, ator decadente e trama de suspense

Crítica Serial tenta ajudar o leitor a escolher o que ver em dias de chuva e trânsito

Laura Linney na série ‘Ozark’
Laura Linney na série ‘Ozark’ - Divulgação

Antecipando os feriados de fim de ano, a Crítica Serial faz aqui sua seleção anual de categorias aleatórias entre as séries que se destacaram em 2018, na tentativa de ajudar o leitor a escolher o que ver em dias de chuva e trânsito.

 

Melhor protagonista
Wendy Byrde (Laura Linney) como a executiva lobista/mãe de família que se transforma na mente criminosa mais arguta do miolo ermo dos EUA em “Ozark”, série que se supera na segunda temporada.

Protagonista insuportável
Dolores (Evan Rachel Wood) em “Westworld” (HBO), que nos faz torcer por sua morte. Felizmente a série existencialista se desenrolou bem melhor em seu segundo ano e deu destaque aos personagens de Thandie Newton (Maeve) e Jeffrey Wright (Bernard).

Maior engodo
“Casa de Papel” (Netflix), que, além de fazer uma caricatura pálida e confusa de filmes de assalto e ter a pior montagem da história, virou assunto obrigatório como se tivesse qualquer coisa a oferecer (não tem, nem entretenimento). 

Melhor retorno às telas
Michael Douglas, como Sandy Kominsky na comovente e divertida “O Método Kominsky” (Netflix), que vale ser vista também pela maravilhosa atuação de Alan Arkin.

Melhor estreia na telinha
Julia Roberts em “Homecoming” (Amazon), série do genial Sam Esmail (“Mr. Robot”) que juntou um ótimo roteiro de suspense a boas atuações e estética apuradíssima para fazer a melhor produção do ano.

Melhor surpresa
“A Maldição da Residência Hill” (Netflix), por levar quem detesta terror a dar outra chance ao gênero e embeber medos banais e suspense psicológico em laços familiares, embora às vezes exagerando.

Melhor leitura mental
“Pais de Primeira”, na GloboPlay/Globo, por reproduzir com graça, acidez e alta fidelidade as agruras de se fabricar e educar um pequeno ser humano (e de lidar com a ansiedade da comunidade formada em torno dele).

Maior dor no coração
O ocaso de “House of Cards”, que na última temporada abre mão de seu protagonista, Frank Underwood, após o ator Kevin Spacey ser proscrito por seus delitos sexuais —e de qualquer conexão lógica.

Melhor antologia
“Electric Dreams” (Amazon), que traz Philip K. Dick às telas pequenas com elenco formidável e roteiro à altura do ficcionista pop-futurista.

Melhor personagem real
Osho, em “Wild Wild Country” (Netflix), porque sua história é tão louca e tão comum (ver João de Deus) que parece impossível não termos dado ainda seu devido lugar no anedotário contemporâneo.

Melhor timing
“Handmaids Tale”, pois nada serviu tão bem para falar de medos modernos, concorde-se ou não com eles.

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