Interlocutores de ministros convidados por entidades judaicas para viajar a Israel afirmam que o itinerário deve incluir uma visita ao Supremo Tribunal israelense.
A passagem pela corte, dizem esses emissários à coluna, teria como objetivo expor as razões do governo de Binyamin Netanyahu para promover sua controversa reforma judicial.
André Lajst, presidente-executivo da StandWithUs Brasil, entidade que organiza a comitiva junto com a Conib (Confederação Israelita do Brasil), rechaça qualquer tentativa de favorecer o premiê. "Não é uma viagem do governo de Israel", diz. "É uma viagem de caráter técnico, não político."
Lajst reafirma que a viagem será custeada integralmente pelas duas entidades e diz que diversas instituições levam delegações de brasileiros a Israel para que a realidade do país possa ser conhecida de perto. "É uma coisa muito comum."
O itinerário, afirma ele, não pode ser divulgado por questões de segurança. "Terão visitas a vários lugares", diz. "Conhecer o Judiciário israelense não tem nada a ver com o Executivo de Israel. Eles vão encontrar políticos, pessoas da questão jurídica, vão visitar comunidades atingidas pelo atentado do Hamas."
O presidente-executivo da StandWithUs Brasil ainda afirma que a Suprema Corte é antagônica ao governo Netanyahu, citando sua decisão por invalidar, há algumas semanas, uma disposição-chave da reforma judicial proposta pelo primeiro-ministro. O texto recebeu votos contrários de 8 dos 15 magistrados.
"De novo, não procede a informação de que é uma tentativa do governo de Israel de melhorar sua imagem perante o Judiciário [brasileiro]", diz Lajst.
A viagem com os magistrados será realizada ainda neste mês. Ministros do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) e do STF (Supremo Tribunal Federal), além de desembargadores e juízes, foram convidados pelas entidades a testemunhar os resultados do ataque terrorista de 7 de outubro e os impactos da guerra sobre o país.
A reforma judicial proposta por Netanyahu é ampla e envolve vários projetos de lei para limitar o poder do Judiciário local.
Em linhas gerais, ela dá ao Parlamento poder para anular decisões. Também prevê a criação de um comitê para revisar as nomeações de todos os juízes do país, inclusive os integrantes da Suprema Corte. Na prática, o projeto garante superpoderes ao premiê israelense e a seus aliados.
RELEITURA
O ator Vladimir Brichta, que dará vida ao vilão Egídio em "Renascer", prestigiou o evento de lançamento do remake da trama, promovido pela Globo no Clube Monte Líbano, no Rio de Janeiro, na noite de quarta (17). A atriz Eli Ferreira, intérprete da professora Lu, e o ator Humberto Carrão, que fará o protagonista José Inocêncio na primeira fase, também estiveram presentes.
com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH; colaborou GEOVANA OLIVEIRA
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