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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Argentina América Latina

Anarcocapitalistas brasileiros veem êxito de Milei com misto de euforia e apreensão

Ativista diz estar soltando fogos e morrendo de medo após vitória de argentino em primárias

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A pequena, mas atuante comunidade anarcocapitalista brasileira está "soltando foguete de alegria e morrendo de medo" com a inesperada vitória de Javier Milei nas primárias presidenciais argentinas no último domingo (13).

O candidato a presidente da Argentina Javier Milei agradece a apoiadores após resultado das primárias - Luis Robayo/AFP

A definição é de Raphaël Lima, um dos mais influentes ativistas da bolha "ancap" no país e dono do canal Ideias Radicais, que tem 650 mil inscritos.

"Temos um cara que fala que imposto é roubo e acaba de receber 31% dos votos dos argentinos, o que é inesperado até para nós. E agora está todo mundo olhando para ele. Se ele for eleito e der ruim, a gente vai ficar 50 anos respondendo por isso", afirma Lima.

Os anarcocapitalistas, também chamados de libertários, são uma corrente extrema do liberalismo que defende a eliminação do Estado e a privatização total das relações econômicas com o fim dos serviços públicos e da cobrança de impostos, além da não-ingerência estatal sobre a vida do cidadão. Uma utopia que Milei obviamente não será capaz de levar adiante, reconhece o ativista.

"Se ele fizer um terço do que promete, já vai ser a melhor coisa que aconteceu para a história da Argentina. O resto é lucro", afirma.

Um primeiro passo, acredita Lima, é um futuro presidente Milei cortar gastos, demitir funcionários públicos e privatizar estatais. "Cortar o peso do Estado elimina a necessidade de imprimir dinheiro, que é a causa da inflação descontrolada", afirma.

Nesse contexto, extinguir o Banco Central, outra promessa de campanha, seria uma vacina contra autoridades que querem usar a moeda para políticas populistas, acredita o ativista.

Milei, diz Lima, seria o primeiro presidente abertamente anarcocapitalistas do mundo. "No Brasil, com nosso histórico de estatismo, isso nunca seria possível. Mas na Argentina o impossível aconteceu. A partir de agora ninguém sabe, ninguém nunca chegou até aqui", afirma.

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