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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Vereador pede a presidente da Câmara de SP interrupção de processo de cassação

Solicitação foi negada minutos depois; segundo presentes, Cristófaro invadiu a sala de Leite

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São Paulo

O vereador Camilo Cristófaro (Avante), acusado de racismo, invadiu nesta terça-feira (22) a sala do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), e pediu que o processo de cassação de seu mandato seja interrompido.

A Corregedoria da Casa votará na quinta-feira (24) o relatório do vereador Marlon Luz (MDB), que recomendou a cassação. A tendência é de aprovação do texto, que então seguirá para plenário.

Como mostrou o Painel, o placar na Casa hoje é desfavorável a Cristófaro —a cassação demanda ao menos 37 votos, e, hoje, 41 vereadores já dizem que pretendem apoiá-la em plenário.

Camilo Cristófaro, vereador de São Paulo, durante entrevista à Folha
Camilo Cristófaro, vereador de São Paulo, durante entrevista à Folha - Karime Xavier-5.out.2016/Folhapress

Segundo relatos dos presentes à coluna, Cristófaro entrou sem autorização na sala de Leite e pediu ao presidente da Casa que atuasse para que a Corregedoria votasse uma punição mais branda que a cassação.

O presidente da Casa deu andamento formal ao pleito: reuniu sua equipe de assessores jurídicos e políticos e deu a negativa cerca de 10 minutos depois.

Segundo apurou a coluna, Leite pretende levar o caso a plenário até a primeira semana de setembro.

O presidente da Câmara faz parte da lista de desafetos que Cristófaro construiu por motivos variados ao longo de sua trajetória na Casa.

O vereador brigou com colegas das maiores bancadas, como PT, PSDB e MDB, e fez falas consideradas racistas e machistas.

Em maio de 2022, Cristófaro foi flagrado em uma sessão na Câmara dizendo "não lavaram a calçada, é coisa de preto".

A Justiça absolveu o vereador da acusação de racismo em julho deste ano. Em sua decisão, o juiz Fábio Aguiar Munhoz afirma que a fala do vereador foi retirada de um contexto de "brincadeira, de pilhéria, mas nunca de um contexto de segregação, de discriminação ou coisa que o valha". O Ministério Público recorreu da decisão.

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