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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Sucessão de Lira faz União Brasil ameaçar barrar anistia a presos do 8/1

Partido deve orientar a favor da retirada de pauta do em tentativa de forçar PL de Jair Bolsonaro a voltar à mesa de negociação

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Brasília

O União Brasil deve reforçar nesta terça-feira (10) a fileira de partidos contrários ao projeto que concede anistia a participantes de manifestações no país a partir de 30 de outubro de 2022, o que inclui os presos pelos ataques antidemocráticos de 8 de Janeiro.

Vândalos golpistas invadem a praça dos Três Poderes; na foto, tropa dentro do salão principal do Palácio do Planalto - Gabriela Biló/Folhapress

Se for apresentado requerimento, a legenda deve orientar a favor da retirada de pauta do projeto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, o que, na prática, significa estar contra a proposta.

Deputados dizem que a medida é influenciada pela disputa à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara, após uma reviravolta na semana passada que colocou o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), na corrida e enfraqueceu a candidatura do líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA).

A intenção do União Brasil é criar obstáculos ao projeto na CCJ para forçar o PL a voltar à mesa de negociação sobre a sucessão da Câmara, depois de o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, ter sinalizado apoio a Motta.

A retirada de pauta é vista como um termômetro para avaliar a adesão ao texto, que, de qualquer forma, não deve ser votado nesta terça —deputados da esquerda pretendem pedir vistas do relatório do deputado Rodrigo Valadares (União-SE).

A obstrução ao projeto também deve angariar votos entre partidos da base do governo. Parlamentares de esquerda avaliam que o União Brasil passaria um ótimo sinal se decidisse votar contra o projeto e indicam que isso poderia ser o começo de uma aliança para a eleição da Mesa, sem os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Já o PSD caminha para liberar a bancada. Membro da CCJ, o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) diz estar trabalhando para o partido deixar os parlamentares decidirem o voto conforme suas convicções.

"Eu vou votar favorável à anistia. Acredito nisso e estou trabalhando para aqueles que não concordarem em votar favoravelmente pedirem para ser substituídos pelos suplentes", afirma. "Estou trabalhando pessoalmente para ter 3 votos dos 4 que o partido tem na CCJ", complementa.

O PT ainda não deliberou sobre o assunto, mas conceitualmente é contra, ressaltam parlamentares do partido que integram a CCJ.

Sob reserva, alguns manifestam preocupação com o quórum da reunião. Apesar de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ter permitido a participação remota de parlamentares na sessões no plenário, exigiu voto presencial nas comissões. Na avaliação de um petista, "com quórum prejudicado, vira loteria."

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