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Novas editoras investem em apostas de ciências sociais e no resgate de B. Traven

Kazimira traz livros quentes sobre combate a colonialismo enquanto Quimera investe em autor misterioso do século 20

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Dois novos selos acabam de inaugurar seus trabalhos, ajudando a manter fresco o ar do mercado editorial brasileiro.

Primeiro, a editora Kazimira passa a publicar obras quentes de ciências humanas e sociais. O cartão de visitas, já disponível, é "Um Soco no Estômago", trabalho da britânica Stella Dadzie sobre a luta das mulheres das Índias Ocidentais contra a escravidão e a colonização. O livro vem com prefácio da historiadora Ynaê Lopes dos Santos.

A casa já tem no prelo um trabalho da americana Wendy Brown, "Estados Murados, Soberania em Declínio", estudo influente na ciência política; e biografias sociais de três figuras emblemáticas, o ativista do panafricanismo Walter Rodney, o autor argentino Jorge Luis Borges e a simpática personagem Mafalda.

A personagem Mafalda, e seu criador, o argentino Quino
A personagem Mafalda, que será objeto de livro da nova editora Kazimira, e seu criador, o argentino Quino - Eloy Alonso - 23.out.2014/Reuters

A responsável pela editora é Mariana Strassacapa, que afirma ter voltado de uma temporada de sete anos no Reino Unido, onde fez contato "com um mercado editorial extremamente ativo e rico", com vontade de trazer boas edições das obras que viu por lá.

Já o selo Quimera é tocado pelo editor Celso Queiroz, num projeto de fazer edições caprichadas de livros que estima e, assim, incentivar o prazer pela leitura. A casa abre seus trabalhos com a primeira tradução direta do alemão, feita por Érica Gonçalves, do romance "O Navio da Morte".

A obra traz de volta às livrarias o misterioso B. Traven —um autor de peso na primeira metade do século 20, mas tão envolto em incógnita que não se sabia seu país de origem. O clássico aventuresco vem com posfácio do crítico Alcir Pécora.

A editora lança nos próximos meses outros volumes centrais na obra do (suposto) alemão, "O Tesouro de Sierra Madre", que inspirou o filme com Humphrey Bogart, e "Catadores de Algodão".

DA LETRA À ARTE São os últimos dias para ver a exposição artística em torno do poeta Murilo Mendes, em cartaz no Museu da Arte Moderna de São Paulo até domingo. Talvez 2024 se anuncie um "ano muriliano", diz o professor Augusto Massi, que organiza uma edição da poesia completa de Mendes com Júlio Castañon Guimarães e Murilo Marcondes de Moura a sair nos próximos meses pela Companhia das Letras.

DA LETRA AO FILME O Ventre Studio, já responsável pela adaptação de "Cem Dias entre Céu e Mar", de Amyr Klink, comprou os direitos para adaptar mais dois livros, "A Fé e o Fuzil", do jornalista e pesquisador Bruno Paes Manso, sobre a relação entre crime e religião, e "Contagem Regressiva", do tenente-coronel Edson Melo, sobre a caçada ao criminoso Lázaro no interior do Brasil.

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