Guia Michelin do RJ e de SP pode voltar ainda neste ano

Publicação, que interrompeu avaliação de restaurantes no país em 2020, deve receber patrocínio de prefeituras das duas cidades

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São Paulo

A Secretaria Municipal de Turismo de São Paulo e da cidade do Rio de Janeiro estão em conversas para que o Guia Michelin, uma das publicações mais conhecidas do mundo, volte a ter uma edição que avalia os restaurantes das duas cidades.

Prato de comida branco visto de perto; é possível ver vegetais e cogumelos
Salada de cogumelos ianomâmi servida em evento de 20 anos do restaurante D.O.M., avaliado com duas estrelas Michelin em 2020 - Ricardo D'Angelo/Divulgação

A última versão do guia de capa vermelha, que inclui restaurantes, foi publicada em 2020 —por causa da pandemia de Covid, somente no formato online, disponível no aplicativo do Michelin.

Segundo os secretários municipais de São Paulo, Rodolfo Marinho, e do Rio, Daniela Maia, as duas pastas estão trabalhando também em parcerias para viabilizar outros eventos dentro do setor gastronômico. Marinho e Maia estiveram em reunião nesta terça (27) na capital paulista.

A ideia é que a publicação receba patrocínio das duas prefeituras e que esse acordo jurídico seja finalizado em breve.

Em maio deste ano, a prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que a versão latina do 50 Best Restaurants vai acontecer na cidade –será a primeira vez que a cerimônia acontece no Brasil. O evento está marcado para o dia 28 de novembro, no hotel Copacabana Palace.

O anúncio foi feito por Charles Reed, CEO do Latin America's 50 Best Restaurants, e pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD) —a cidade do Rio de Janeiro é patrocinadora do evento.

Ainda não há definição sobre datas, mas o guia pode voltar a circular ainda neste ano. Antes que a publicação aconteça, inspetores visitam anonimamente restaurantes para avaliá-los. As receitas são julgadas de acordo com cinco parâmetros: qualidade do ingrediente, personalidade da cozinha, técnicas de cozimento e harmonia de sabores, custo-benefício e regularidade.

As cotações podem ser três estrelas (cozinha excepcional), duas estrelas (excelente) e uma estrela (requintada). Além disso, os endereços também podem ser destacados como Bib Gourmand (excelente relação qualidade/preço) e o Prato Michelin (cozinhas de qualidade a preços moderados).

O Brasil nunca teve um restaurante com a classificação de três estrelas, e até 2020 era o único país da América Latina coberto pelo Michelin, que avalia restaurantes de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na edição de 2020, as casas avaliadas com duas estrelas foram o extinto Ryo (SP), o D.O.M. (SP), o Oteque (RJ) e o Oro (RJ).

O guia foi criado pelos irmãos Edouard e André Michelin em 1900, na França, com informações de onde abastecer e consertar o carro, onde comer e se hospedar. A edição brasileira é a primeira da América do Sul.

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