Um dia após transferência de membros do PCC, PM prende 226 pessoas no estado de SP

Oficiais capturaram 100 foragidos da Justiça e apreenderam 97 quilos de drogas, segundo a corporação

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São Paulo

Um dia após a transferência de 22 membros da facção criminosa PCC, a Polícia Militar de São Paulo informou nesta quarta-feira (14) que prendeu 226 pessoas e capturou 100 foragidos da Justiça. 

De acordo com a PM, as prisões e apreensões fazem parte de operação para reduzir os índices de criminalidade no estado. Ao todo, 21 mil policiais saíram às ruas em 3.300 pontos no estado para fazer as prisões, abordagens e apreensões de drogas. 

 

Na quarta-feira (13), o chefe máximo do PCC, Marco Camacho, o Marcola, foi transferido para um presídio federal. Além dele, também foram transferidos em forte esquema de segurança​​ outros 21 membros da facção, grande parte também integrante da cúpula. O irmão de Marcola está entre os transferidos.

Em 2006, a transferência de presos do PCC para o presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau (a 611 km de SP) levou à maior onda de violência no estado como ataques às forças de segurança, que deixou um saldo de 564 mortos, dos quais 505 eram civis.

Os presos foram transportados em um avião das Forças Armadas a partir do aeroporto da vizinha Presidente Prudente para a transferência. Além de Brasília, alguns deles foram transferidos para os presídios federais de Porto Velho (RO) e Mossoró (RN). Em razão disso, o governo federal autorizou a presença das Forças Armadas para fazer a segurança no entorno dos dois presídios.

A Garantia da Lei e da Ordem​​ (GLO) decretada pelo presidente Jair ​Bolsonaro (PSL) na quarta permite a proteção nos locais até o dia 27.

Sete desses presos tiveram a transferência definida no ano passado por causa de envolvimento em crimes investigados na operação Echelon, entre eles ordem para ataques a agentes públicos e assassinatos de rivais.

Já Marcola foi transferido por conta da descoberta em 2018 de um plano de fuga que utilizaria até um exército de mercenários para o resgate dele e de parte da cúpula da facção.

​A Justiça de São Paulo ficou ainda mais pressionada a determinar a transferência depois que, no final do ano, duas mulheres foram presas com suposta carta com ordem do chefão do PCC para matar o promotor Lincoln Gakiya, responsável pelo pedido de transferência, e que investiga há anos o crime organizado. 

RECOMENDAÇÕES

A transferência de membros do PCC fez com que policiais militares em todo o estado recebessem, na quarta-feira (13), um comunicado em que foram orientados a reforçar a atenção durante o trabalho.

“Por ocasião da ‘Operação São Paulo Mais Seguro’ e da transferência de presos que ocorre na data de hoje, redobre sua atenção!”, diz trecho do documento, assinado pelo comandante-geral da PM, o coronel Marcelo Vieira Salles.

Durante a operação desta quinta, houve reforço do policiamento em rodovias, terminais de ônibus e aeroportos. Houve a apreensão de 97 quilos de drogas. A PM também recuperou 64 veículos produtos de roubo ou furto e retirou das ruas 16 armas de fogo.

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