Quais os sintomas da obesidade e como diferenciá-la do sobrepeso? Tire suas dúvidas

Condição é fator de risco para diversos problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares

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São Paulo

A obesidade é um fator de risco para diversas doenças embora ela seja também uma enfermidade de agravo à saúde. A visão mais atualizada de o que é a obesidade a classifica como uma condição onde há o acúmulo de tecido adiposo (gordura) que pode causar algum sinal ou sintomas de disfunção nos demais órgãos.

Segundo levantamento do Ministério da Saúde, a obesidade afeta 6,7 milhões de adultos, ou 1 em cada 4 brasileiros acima de 18 anos, e já chega a 1 em cada 5 crianças. Até 2035, porém, é esperado que esses números atinjam 41%, para adultos, e 1 em cada 3 crianças.

Obesidade é fator de risco para várias doenças
Obesidade é fator de risco para várias doenças - rawpixel/Freepik

diversos tipos de obesidade, que os médicos classificam como grau 1 a 4, e que podem ter diferentes riscos e tratamentos associados. Normalmente, o diagnóstico é dado por uma série de exames, tanto de sangue quanto de imagem e análise clínica, não sendo simplesmente o cálculo de massa corpórea

Antigamente, era utilizado o cálculo do IMC, ou índice de massa corporal, para classificar uma pessoa como abaixo, dentro do peso, com sobrepeso ou obesidade, mas seu uso é desconsiderado para o diagnóstico, pois muitos pacientes podem ter um IMC elevado mas serem saudáveis, enquanto pessoas com IMC considerado normal podem também apresentar problemas de saúde.

O QUE É A OBESIDADE?
A obesidade clínica é caracterizada pelo acúmulo de tecido adiposo (gordura) que provoca algum sinal ou sintomas de disfunção nos órgãos ou afeta a mobilidade. Um efeito importante da obesidade é a inflamação crônica do organismo, que prejudica também o sistema imunológico. Por essa razão, os médicos consideram que o paciente obeso possui um risco aumentado para o desenvolvimento de outras condições, como diabetes tipo 2.

Já quando há adiposidade mas não há nenhuma lesão ou disfunção de órgãos, é chamada condição de obesidade pré-clínica.

O QUE DIFERENCIA A OBESIDADE DO SOBREPESO?
A obesidade é diferenciada do sobrepeso quando o acúmulo de tecido adiposo provoca alguma disfunção em outros órgãos ou afeta atividades cotidianas do paciente, como locomoção, sono, estudar e trabalhar.

No entanto, as principais causas associadas à obesidade são também fatores que contribuem para o sobrepeso, como sedentarismo, tabagismo, má alimentação, transtornos mentais —depressão e ansiedade podem ter uma influência negativa sobre o aumento de peso— e psicológicos —como a compulsão alimentar. Existe também um componente genético que pode contribuir para uma predisposição ao sobrepeso e obesidade.

É importante ressaltar que nem toda pessoa acima do peso possui risco para obesidade e nem toda pessoa com predisposição genética pode desenvolver obesidade, sendo uma combinação de fatores genéticos, comportamentais e psicológicos que podem levar ao aparecimento da doença.

QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS?
Dentre os principais sintomas da obesidade estão apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado (também chamada esteatose hepática), diabetes, colesterol e triglicérides elevados, hipertensão e ainda risco para doenças cardiovasculares, como AVCs (acidentes vasculares cerebrais) e infartos.

Os pacientes com obesidade podem apresentar um ou mais dos quadros acima, além de depressão, ansiedade, piora generalizada na saúde mental, isolamento e solidão.

A obesidade também pode causar infertilidade e alguns tipos de cânceres.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
O diagnóstico da obesidade leva em consideração a condição multifatorial da doença e, por essa razão, não há um exame único que vai comprovar a condição. Em geral, os médicos podem solicitar exames de sangue e imagem para verificar se já há alterações em relação à taxa de glicose, triglicérides e colesterol no sangue, fazer a medição da pressão arterial e buscar por sinais de acúmulo de gordura nos órgãos e na região abdominal.

Em geral, é preciso também considerar outros fatores, como histórico familiar, hábitos de vida e outros distúrbios psicológicos que o paciente possa relatar para confirmar o diagnóstico.

Além de todos esses métodos de avaliação, os profissionais da saúde também podem fazer um cálculo do percentual de gordura corporal por meio da bioimpedância.

Como dito acima, não há mais consenso em utilizar o IMC para definir se uma pessoa tem ou não obesidade, sendo este um parâmetro utilizado normalmente para estudos populacionais epidemiológicos como medida para calcular a prevalência de sobrepeso e obesidade na população.

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