CRONOLOGIA
DO QUILOMBO DE PALMARES
final
do séc. 16 - revolta de escravos em engenho no
sul da Capitania de Pernambuco. Os rebelados escondem-se na
Serra da Barriga, região onde hoje está localizada
a cidade de União dos Palmares. Negros referiam-se
ao quilombo como ''Angola Janga'' ou ''Angolinha''.
1602
- o governador-geral da Capitania de Pernambuco, D. Diogo
Botelho, envia soldados em expedição contra
Palmares. Estes retornam com a falsa notícia da destruição
do quilombo.
14
de fevereiro de 1630 - os holandeses invadem Pernambuco.
1635
- a guerra entre portugueses e holandeses favorece a fuga
de escravos. Palmares cresce e organiza-se em vários
mocambos.
1637
- chega o conde holandês João Maurício
de Nassau-Sieger, novo governador de Pernambuco.
1643
- os holandeses enviam sem sucesso expedições
contra Palmares. Entre elas as de Rodolfo Baro e Johannes
Blaer.
março de 1645 - portugueses rebelam-se contra os holandeses.
1654
- expulsão dos holandeses de Pernambuco.
1654/1669
- Expedições punitivas seguem contra Palmares.
Todas foram derrotadas. Os quilombolas adotavam a guerra de
emboscada, abandonando os mocambos para atrair o inimigo para
a luta dentro da mata.
1655
- Novas expedições punitivas contra o quilombo.
Alguns palmarinos são capturados.
1663
- o capitão negro Gonçalo Rebelo comanda 200
soldados negros contra Palmares. São cinco meses de
luta. A expedição retorna com 40 prisioneiros.
Todos são degolados.
1667
- Nova expedição é derrotada com 500
soldados. Depois de violento combate, a expedição
volta derrotada.
1667/1677
- ataques dos palmarinos no litoral para roubar armas, libertar
negros e vingar-se de senhores e feitores dos engenhos. Em
1670 os palmarinos atacam e destroem fazenda de gado onde
hoje situa-se Garanhuns. O local passa ao domínio dos
negros com o nome de Tapeca.
1677
- expedição sob comando do capitão
de infantaria Fernão Carrilho, experiente em lutas
contra negros sublevados. Este retorna com 200 prisioneiros.
O primeiro grande chefe do Quilombo de Palmares foi Ganga-Zumba,
irmão de Gana-Zona, um dos chefes militares do quilombo
e tio de Zumbi.
1678
- Ganga-Zumba vai a Recife para firmar pacto de paz com o
governador de Pernambuco, Aires de Souza e Castro. O pacto
prevê a deposição de armas dos quilombolas
em troca da concessão de terras e da liberdade. A alforria
só seria concedida aos negros nascidos no quilombo.
Os outros retornariam ao cativeiro. O pacto divide Palmares.
Zumbi torna-se o líder da resistência ao acordo.
Ganga-Zumba, seguido por seus homens, entre eles importantes
chefes militares, abandona o quilombo.
1678/1695
- Zumbi torna-se o líder de Palmares e impõe
um forte esquema militar à vida do quilombo. Zumbi
teve pelo menos cinco filhos. Antes do pacto de Recife, era
chefe de um dos mocambos também chamado Zumbi. Seu
irmão, Andalaquituche, também era chefe do mocambo
de mesmo nome e comandava as forças armadas do quilombo.
1687
- o bandeirante Domingos Jorge Velho compromete-se com o governador
de Pernambuco, Souto Maior, a destruir Palmares.
1692
- Jorge Velho parte com exército formado por brancos,
índios e mamelucos. Após dias de caminhada pela
mata montam acampamento próximo a Macaco, principal
mocambo de Palmares.
janeiro
de 1694 - parte nova expedição de Domingos
Jorge Velho.
3
de fevereiro de 1694 - chegam à Serra da Barriga
seis canhões e reforço de 200 homens.
5
de fevereiro de 1694 - enfrentamento dos dois exércitos.
Os quilombolas são encurralados à beira de um
despenhadeiro e centenas de negros caem no precipício.
Os quilombolas tentam a estratégia de refúgio
na mata. Sem sucesso, são perseguidos e centenas de
negros são degolados.
6
de fevereiro de 1694 - o mocambo de Macaco é destruído
e incendiado, restando do combate 510 negros prisioneiros.
Somente mulheres e crianças são poupadas na
guerra. Muitas mulheres matam seus filhos para livrá-los
do cativeiro e recusam-se a comer, morrendo de fome.
7
de fevereiro de 1694 - o Quilombo de Palmares é
destruído.
dezembro de 1694 - surge a notícia de que Zumbi vive.
1695
- Zumbi é reconhecido com um grupo roubando armas
de um vilarejo de Pernambuco.
novembro
de 1695 - Antônio Soares, homem de confiança
de Zumbi, é capturado. Sob tortura e diante da promessa
de sua liberdade revela o esconderijo do chefe, na Serra Dois
Irmãos.
20
de novembro de 1695 - Antônio Soares conduz um grupo
de 15 bandeirantes paulistas ao local onde Zumbi se encontra.
Soares aproxima-se de seu líder ferindo-o mortalmente.
21
de novembro de 1695 - o corpo de Zumbi apresenta 15 ferimentos
a bala e inúmeras marcas de arma branca. Seu pênis
é decepado e enfiado na boca. A cabeça de Zumbi
é tratada em sal fino e enviada à Recife, onde
é exposta em praça pública.
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