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Gilberto Dimenstein
gdimen@uol.com.br
  26 de setembro
  Por que a eleição de São Paulo é uma boa notícia
 
Independentemente de quem vença a eleição para prefeitura de São Paulo, no próximo domingo, a cidade, imersa numa irritação e desânimos crônicos, tem pelo menos um bom motivo para comemorar _ o emocionante clima de disputa nesta reta final.

De acordo com os dados do DataFolha, divulgados esta semana, Marta Suplicy, do PT, vai para o segundo turno, mantendo a liderança desde o início da campanha. Saber quem vai disputar com o PT transformou-se num suspense inusitado. Quatro candidatos estão em empate técnico, a ser resolvido nos próximos cinco dias.

Esse clima de corrida de cavalos, disputando palmo a palmo a dianteira, ajudou a sacudir a indiferença do eleitorado, desencantado com a política no geral e, no particular, com ojeriza à politicalha paulistana, tantas as denúncias e tamanha a sensação de desgoverno e impunidade, numa cidade abandonada, próxima da inviabilidade.

Inevitável que os eleitores sintam-se convidados a prestar mais atenção aos candidatos e suas propostas, tentando vislumbrar quem mente ou ilude menos, quem tem idéias viáveis, disseminando o debate sobre problemas e soluções.

É uma feliz concidência que, justamente agora, quando São Paulo vive sua pior crise, misturando desemprego alto, salários perdendo o valor, criminalidade pornográfica, trânsito ainda mais caótico, afogada em dívidas, num aperto financeiro jamais visto, a eleição ganhe ares de decisão esportiva.

O que estamos assistindo é que o paulistano, hoje um ser humilhado, acuado, refém do caos urbano, está cada vez mais atento ao que se passa na cidade, rompendo a indiferença _ e passa, até por uma questão elementar de sobrevivência, a acompanhar de perto o que decidem (ou deixam de decidir)
em seu nome.


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