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1º de junho |
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Secos
& Molhados |
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"Eu Tu Eles" nos lembra: Regina Casé é uma
atriz extraordinária. No teatro e no cinema sua aparição
é hipnótica. Quem a viu explodindo nas peças
do Asdrúbal Trouxe o Trombone sabe do que digo. Mas teatro
é momento. O registro que fica é na memória e
nas críticas de época. Em video ou no Canal Brasil é
possível revê-la em seus primeiros filmes, de "Tudo
Bem" de Arnaldo Jabor a "Sete Gatinhas" de Neville
d' Almeida. A TV nunca lhe fez justiça. Casé sofre agora
com o insucesso de seu "Muvuca". Deveria se poupar. Estrelar
uma das minisséries do núcleo Guel Arraes. Dar um tempo.
É sua contida interpretação uma das razões
da força do belo filme de Andrucha Waddington bem-recebido
em Cannes. Já começou o zumbido de que a distribuidora
internacional de "Eu Tu Eles", a mesma Sony Classics de
"Central do Brasil", aposta suas fichas numa indicação
ao Oscar de filme estrangeiro. Vai recomeçar a torcida. Há
coisas mais sérias a tratar no que diz respeito ao cinema nacional.
Um bom lançamento no Brasil para "Eu Tu Eles", por
exemplo. Regina Casé tem muito a contribuir para o sucesso
comercial do filme. Deveria conceder-se o prazer de reencontrar cara
a cara seu público em sessões do filme pelo Brasil afora,
como Carla Camuratti fez com seu "Carlota Joaquina". Não
haveria melhor antídoto contra escorregões de carreira
e crises de ibope.
* * *
Segue até amanhã a quarta edição do Florianópolis
Audiovisual Mercosul. Adoraria ler alguma reportagem aprofundando
a experiência atual do cinema argentino. Servindo no júri
da crítica do festival de Havana do ano passado fiquei impressionado
com a nova safra de filmes independentes vindo de lá: "Garaje
Olimpo", "Mundo Grua", "Río Escondido".
Em Cannes, o crítico argentino Quintin, editor da revista "El
Amante Cine", explicou-me sumariamente o sistema de apoio estatal
à produção lá adotado. Um fundo de suporte
à produção contaria com recursos arrecadados
junto às bilheterias (como já existiu por aqui na era
Embrafilme) e, eis toda a diferença, junto às emissoras
de TV. Lá a televisão ampara o cinema, aqui delira-se
com a hipótese contrária.
Inexiste lá um sistema de subsídio por renúncia
fiscal como a lei do Audiovisual vigente no Brasil. Os filmes que
alcançam o circuito de exibição, lá tão
limitado quanto cá para o produto nacional, habilitam-se a
recursos nada desprezíveis, visando reiniciar o ciclo produtivo.
Às vésperas do 3. Congresso Brasileiro de Cinema, que
Porto Alegre sedia no final do mês, eis um caso concreto a ser
estudado -não para uma cópia mecanicista, claro, mas
sim para ampliar os instrumentos na mesa de discussões. Sei
que política cinematográfica é um tema árido
e chato, mas a reforma do sistema brasileiro de amparo ao cinema (produção,
distribuição e exibição) é uma
das pautas da hora.
* * *
Luc Besson rompeu o sigilo regulamentar sobre as deliberações
do júri de Cannes 2000, do qual foi o presidente. Revelou à
imprensa francesa que em segundos "Dancer in the Dark" levou
a Palma de Ouro e Björk o prêmio de melhor atriz. Oxalá
o festival aprenda mais esta lição.
Leia
colunas anteriores
25/05/2000 - Muito além da palma
18/05/2000 - Do Dogma a Demented
11/05/2000 - Um
papo sobre o futuro
04/05/2000 - Cinema
para ler
27/04/2000 - Quem tem medo dos curtas?
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