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Células
primordiais que guardam a capacidade de transformar-se em qualquer
tecido, cobiçadas para tratamento de doenças degenerativas e para
a criação de órgãos artificiais para transplantes
Transferência
de órgãos entre espécies, como porcos e homens, que empresas como
a escocesa PPL –a mesma que clonou a ovelha Dolly– vêem como um
atraente mercado futuro
Os
seis elementos desse grupo (hélio, neônio, argônio, criptônio, xenônio
e radônio) têm camadas completas de elétrons, que não estão assim
muito disponíveis para interagir com outros átomos e formar moléculas
EUA também vão "matar" embriões para salvar vidas
Depois do Reino Unido, os Estados Unidos se renderam ao bom-senso científico e resolveram admitir pesquisas com células-tronco embrionárias
financiadas com verbas federais. Até então, na pátria por excelência da iniciativa privada, apenas laboratórios não-governamentais podiam manipular essas células-panacéia _que por ora não passam de uma promessa.
A recomendação oficial para que os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) possam destinar seus milhões a mais esse "hit" da biotecnologia saiu na quarta-feira. Leia reportagem sobre o tema que virou manchete do jornal "The New York Times".
Para permanecer religiosamente corretos, os reguladores da bioética pública permitiram unicamente que cientistas patrocinados pelo sacrossanto Estado usem células-tronco criadas por terceiros, mas não que as obtenham eles mesmos.
Dito de outro modo, cabe a empresas e institutos privados "matar" os embriões excedentes de clínicas de fertilidade (punhados de células produzidas num tubo de ensaio, no mínimo distantes do que se consideraria uma "pessoa").
Um dilema ético resolvido pela terceirização. Signo da pós-modernidade, pragmatismo ou hipocrisia? Dê sua opinião a Ciência em Dia.
De quatro leitores que escreveram para comentar a questão dos xenotransplantes
da
semana passada, três apoiaram a idéia de projetar porcos transgênicos
e cloná-los como fonte de órgãos para humanos. Só um foi contra.
Eduardo é o do contra, porque teme a transmissão de doenças virais suínas para seres humanos. Diz que não é preconceito, mas precaução. E lembra que, "muitas vezes, na ciência, o que parece ser de início um ‘milagre’ se torna mais tarde uma tragédia".
Otávio, apesar de favorável à idéia, diz sintomaticamente que não faria um xenotransplante. Acha que não teria uma vida normal, depois, com todos os controles para evitar rejeição. E considera que a medicina tem outras prioridades: "Vamos pensar em
tentar melhorar a qualidade de vida dos que estão sem patologia que requeira renascer para uma segunda chance".
Marcos e Marcelo topariam receber órgãos de porco, mas seu maior temor seria adquirir com isso uma doença viral, e não sofrer discriminação por se tornarem quimeras biológicas.
Até o argônio
Para não dizerem que só falo de biotecnologias, aqui vai um pouco de química –calma, não precisa pular para o próximo link. É rápido.
Lembra aquelas aulas de tabela periódica e a história de que gases nobres são inertes, não se ligam à ralé de outros elementos? Pois não é bem assim, mostrou esta semana artigo na revista "Nature". Nada em ciência, aliás, é bem assim. Vá se acostumando.
O fato é que pesquisadores da Finlândia conseguiram aprisionar átomos do nobre argônio em ligações com outros de flúor e hidrogênio. Suaram um pouco, mas conseguiram. Graças a sua façanha, só sobram os gases hélio e neônio na nobreza minguante da química.
Leia reportagem de Salvador Nogueira sobre os gases raros na Folha.
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