8 de março é o Dia Internacional da Mulher. A data é considerada um dia simbólico dos movimentos feministas e da luta feminina com um todo. Em apreciação à data, veja obras produzidas por mulheres em diferentes áreas.
No cinema
"Retrato de uma Jovem em Chamas", por Céline Sciamma
No filme, a pintora Marianne (Noémie Merlant) é contratada para fazer um retrato da jovem Héloïse (Adèle Haenel) sem que ela saiba. Outro artista já tinha fracassado na missão e, por isso, Marianne precisa se aproximar de sua modelo disfarçada como dama de companhia. A amizade das duas se desenrola em um romance secreto.
Globoplay, 16 anos
"Entre Mulheres", por Sarah Polley
O longa, que concorre a melhor filme no Oscar, é baseado no romance de Miriam Toews. A história segue um grupo de mulheres em uma colônia religiosa isolada enquanto lutam para reconciliar sua fé com uma série de agressões sexuais cometidas pelos homens da colônia.
Nos cinemas, 14 anos
"As Boas Maneiras", por Juliana Rojas
Uma enfermeira da periferia de São Paulo é contratada por uma mulher rica para ser babá de seu filho, que ainda vai nascer. Solitárias, as duas criam um forte vínculo enquanto a gravidez incita hábitos misteriosos e perigosos na futura mãe, especialmente em noites de lua cheia.
Netflix e Amazon Prime Video, 14 anos
"Cléo das 5 às 7", por Agnès Varda
O filme acompanha uma cantora hipocondríaca que acredita ter câncer. Enquanto espera, aflita, o resultado do exame, decide passear por Paris fazendo coisas banais e conversando com desconhecidos.
Telecine, 12 anos
Na trama, Christine McPherson (Saoirse Ronan) vive uma jovem de 17 anos que passa pelos dilemas e conflitos da adolescência. Morando em Sacramento, na Califórnia, a garota está no último ano do colégio e tem uma relação turbulenta com a mãe (Metcalf).
Disponível para aluguel em YouTube, Apple TV+, Amazon Prime Video e Google Play, 14 anos
Nas séries
"Fleabag", por Phoebe Waller-Bridge
Fleabag, interpretada pela própria Phoebe, é uma jovem adulta lidando com a vida adulta e com ser mulher nos dias de hoje enquanto tenta curar uma ferida.
Amazon Prime Video, 14 anos
"I May Destroy You", por Michaela Coel
Arabella (Michaela Coel) é uma escritora londrina com uma carreira promissora. Mas quando colocam drogas em sua bebida, ela precisa questionar e reconstruir todos os elementos de sua vida.
HBO Max, 18 anos
"Dickinson", por Alena Smith
A série explora a situação das mulheres no século XIX através de Emily Dickinson, uma jovem e rebelde poeta. Seus episódios falam sobre a passagem à vida adulta, retratando Emily como uma inesperada heroína para a geração dos millenials.
Apple TV+, 16 anos
"Orange Is the New Black", por Jenji Kohan
Piper Chapman (Taylor Schilling) é sentenciada a 15 meses de prisão após ter cometido crimes para sua ex-namorada, a traficante Alex (Laura Prepon). Piper deixa sua vida privilegiada para cumprir sua sentença na Penitenciária Feminina de Litchfield e precisa aprender a conviver com as outras detentas e com o ambiente da prisão.
Netflix, 16 anos
"As Telefonistas", por Gema R. Neira
Na Madri dos anos 20, amigas enfrentam a revolução dos costumes ao entrar na força de trabalho e lidar com namoros e amizades longe de casa.
Netflix, 16 anos
Na estante
"O Acontecimento", por Annie Ernaux
A escritora, Nobel de Literatura, retrata uma gravidez indesejada que teve aos 23 anos. Sem poder contar com o apoio de ninguém numa época em que o aborto era ilegal na França, ela tem que enfrentar a situação quase sozinha.
Fósforo, R$54,90 (85 págs.); R$ 32,90 (ebook), tradução de Isadora de Araújo Pontes
"Felicidade Clandestina", por Clarice Lispector
A coletânea de contos reúne textos publicados pela autora no Caderno B do Jornal do Brasil e outros. Além do texto que dá nome ao livro, constam na obra "O Ovo e a Galinha", "O Primeiro Beijo", "Come, Meu Filho" e vários outros.
Rocco, R$ 44,90 (160 págs); R$ 22,90 (ebook)
"Mulheres, Raça e Classe", por Angela Davis
Com prefácio de Djamila Ribeiro, a obra debate as várias opressões e as relações entre elas, discute o abolicionismo penal e outros temas que partem dos três pilares expostos no título. Marxista, Davis teceu críticas à esquerda ortodoxa e é considerada uma autora fundamental.
Boitempo, R$ 65,00 reais (248 págs.), tradução de Heci Regina Candianie
"Canção para Ninar Menino Grande", por Conceição Evaristo
A obra de uma das escritoras contemporâneas mais importantes do Brasil discute a masculinidade de homens negros e os efeitos nas relações com as mulheres negras.
Pallas, R$ 40,00 reais (136 págs.)
"Quarto de Despejo", por Carolina Maria de Jesus
A autora, na época catadora de papel, relatou no livro o cotidiano árduo da vida na favela. Carolina morou com seus três filhos na comunidade do Canindé, em São Paulo e encontrou espaço para leitura e escrita em sua rotina desgastante e assombrada pela fome.
Ática, R$ 47,17 (200 págs.)
Nas ondas do rádio
"Male Fantasy", por Billie Eilish
"Mulher do Fim do Mundo", por Elza Soares
"Como Nossos Pais", na versão de Elis Regina
"Pagu", por Rita Lee
"Vaca Profana", na versão de Gal Costa
Nos quadrinhos
"A Origem do Mundo", por Liv Strömquist
Unindo referências históricas ao humor, a autora expõe as mais diversas tentativas de domar, castrar e padronizar o sexo feminino ao longo da história. Para Liv, culpabilizar o prazer é um dos mais efetivos instrumentos de dominação.
Companhia das Letras, R$ 58,03 (144 págs.); R$ 39,90 (ebook), tradução por Kristin Lie Garrubo
"Arlindo", por Ilustralu
Arlindo é um quadrinho cheio de referências aos anos 2000 sobre um garoto gay que está se descobrindo e aprendendo a viver sua sexualidade em uma cidade conservadora no interior do Rio Grande do Norte. Aviso: contém Sandy & Júnior.
Seguinte, R$ 57,90 (200 págs.); R$ 39,90 (ebook)
"Persépolis", por Marjane Satrapi
Marjane Satrapi conta sua história como uma garota que viveu a revolução que instaurou o regime xiita no Irã em 1979. A autobiografia em quadrinhos é um sucesso mundial que retrata a rebelião da autora.
Companhia das Letras, R$ 69,90 (352 págs.), tradução por Paulo Werneck
"Manual do Minotauro", por Laerte
O álbum reúne mais de 1500 tiras da cartunista publicadas entre 2004 e 2015. Uma chance de acompanhar as mudanças da arte de um dos maiores nomes do quadrinho brasileiro.
Companhia das Letras, R$ 112,90 (416 págs.); R$ 49,90 (ebook)
"Fun Home", por Alison Bechdel
No quadrinho autobiográfico, Bechdel lida com a relação com o pai, a infância entre os cadáveres da funerária da família, a sexualidade e a paixão pela arte.
Todavia, R$ 74,90 (240 págs.), R$ 54,90 (ebook), tradução por André Conti
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